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Exposições Habitar, de João Aires, e Superfícies, de Ayao Okamoto



Quando: até 5 de setembro
Onde: O Sitio Arte Educação Coworking
Endereço: Rua Francisca Luísa Vieira, 53 - Lagoa da Conceição
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/1099156236780665

Abertura 21 de agosto às 19h
Visitação até 5 de setembro de segunda à sexta das 9h às 21h e sábado das 14h às 19h

Na próxima sexta-feira, dia 21 de agosto, a partir das 19h, duas novas exposições inauguram no Sítio, na Lagoa da Conceição. Os artistas visuais João Aires e Ayao Okamoto estarão em cartaz com exposições individuais até 5 de setembro, com entrada franca. Eles formam a segunda dupla de artistas com mostras simultâneas, organizadas pelo escritório Myrine Vlavianos de Arte Contemporânea, em parceria com o Sítio.

Habitar e Superfícies não é um diálogo entre as obras destes artistas, mas a ideia é promover e ampliar uma conversa mais próxima e direta com o público de ambos. "Mas se fossemos estabelecer um elo entre as duas exposições, eu diria que está na relevância do processo: entender como as obras foram executadas é condição importante para compreendê-las”, enfatiza a também galerista Myrine.

JOÃO AIRES: "Habitar"

O português João Aires, radicado na Ilha, traz um tema recorrente para esta exposição: as habitações. Cápsulas, Naves, Habitáculos e Habitar são os nomes das séries de desenhos e pinturas que explicitam essa temática. Os trabalhos suscitam uma ligação entre o espaço urbano e o imaginário, questão predominante na trajetória deste artista.
Para esta mostra ele parte de uma citação do filósofo existencialista Jean Paul Sartre, que afirma: "Os apartamentos não são mais habitações criadas para os homens, mas sim máquinas de morar destinadas a guardar coisas: cada edifício é um armário, cada sala é uma gaveta.”

João busca explorar os lugares de intimidade das pessoas e como eles se apresentam no mundo. Para o artista, "habitar está presente no tempo, nas estradas, na cidade. Habitar o que construo com a arte é um exercício constante de compreensão do mundo, um modo de traduzir minhas experiências e inquietações, já que toda c onstrução tem por meta o habitar.

Na série Habitáculos, por exemplo, os desenhos são realizados a partir da descrição de quartos feita por terceiros como retratos falados. Nas pinturas surge um espaço sem fronteiras aparentes, onde camas navegam em rios e na densidade onírica. Já a grande pintura que dá título à mostra, Habitar, é um work in progress que poderá ser concluído ao longo da exposição.

"O excesso de informação na minha pintura surge da falta de diálogo, da proximidade geográfica e da distância da construção que serve ao habitar humano e às relações”, resume o artista.

Sua mostra é um conjunto de 40 desenhos em grafite e nanquim sobre papel, quatro desenhos em grafite, nanquim e aquarela sobre papel, cinco pinturas em acrílica e óleo sobre tela, em variados tamanhos. Todas as obras foram realizadas em 2015 especialmente para esta exposição.

AYAO OKAMOTO: "Superfícies"

Paranaense, radicado em São Paulo, esta é a primeira vez que Ayao expõe em Santa Catarina. Ele faz uso constante de interfaces, no seu trabalho. Ou seja, de "imagens retiradas de um contexto e aplicadas e retrabalhadas em outros suportes e processos técnicos”, segundo o próprio artista. Sua exposição apresenta duas vertentes de criação, uma de produção de obras técnicas a partir da manipulação e reprodução digital e a outra analógica.

A série Superfícies é composta por digigravuras (obra editada com ou sem tiragem, a partir de uma matriz aplicando tecnologia eletrônica digital), e a analógica pelo processo direto de impressão gyotaku (nome dado a uma tradicional técnica japonesa de impressão manual de peixe que consiste em transferir as imagens para o papel ou outras superfícies).

Ambos processos atuam na produção gráfica a partir de uma matriz, como obra única, resultando em poéticas que atuam na reflexão sobre a política da reprodução em massa e a valorizaçã o do design de superfície, enquanto suporte, possibilitando experimentações usando os várias meios como forma de intervenção criadora.

Ayao utiliza imagens fotográficas a partir de negativos antigos achados em sebo ou na rua. Depois de ampliadas, as imagens recebem interferências gráficas, fotocopiadas em papel de seda formato A3, em máquinas com defeito no processo de impressão. "A autenticidade da reprodução é apenas de ordem política, já que implica um limite determinado a partir de uma matriz. A função da máquina de reprodução, nesse caso, serve apenas como base para elaboração de experimentações tecnológicas, uma vez que são obsoletas e com defeito no processo fundamental, que é a da cópia impressa”, explica o artista.

Assim, a função inicial do que seria uma cópia perfeita se inverte, gerando uma imagem única. Essa imagem, depois de processada, cria uma outra superfície, novamente retrabalhada analogicamente, propiciando experimentações com interferências de outros meios.

Okamoto apresentará duas séries nesta mostra, que é composta por oito digigravuras em fotocópias digitalizadas, 35 x 45, tiragem única, e 10 telas em técnica mista, 40 x 60.

No dia 22 de agosto, das 15h às 18h, o artista ministrará workshop exclusivo sobre a técnica Gyotaku, no O Sítio. O wokshop é destinado a todos os interessados em impressão gráfica, sejam artistas ou não.

JOÃO AIRES nasceu em Porto, Portugal, em 1982. Desenvolveu projetos artísticos em várias cidades europeias antes de chegar ao Brasil em 2010 para ingressar na Universidade Federal da Bahia. Mestre em Artes Visuais pela UFBA, vive e trabalha em Florianópolis desde 2013. É o coordenador cultural do espaço O Sítio Arte Educação Coworking e professor efetivo de Arquitetura na Universidade Estácio de Sá.

AYAO OKAMOTO nasceu em Assaí, Paraná em 1953. Graduado em Artes pela Fundação Armando Álvares Penteado-FAAP, é Mestre e Doutor pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA-USP. Artista visual, designer e professor.
Exposições Habitar, de João Aires, e Superfícies, de Ayao Okamoto


Categorias: Setembro 2015
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