Exposição "Entre Rendas e Narrativas" no Mercado Público faz homenagem às rendeiras
Quando: até 4 de novembro
Onde: Mercado Público - Centro Endereço: Rua Jeronimo Coelho, 60 - Centro Quanto: Gratuito A Galeria de Artes no piso superior do Mercado Público recebe na próxima quarta-feira, 18 de outubro, às 19h30, a Exposição Entre Rendas e Narrativas, em alusão ao Dia Municipal da Rendeira e do Rendeiro, comemorado em 21 de outubro. A mostra segue até 04 de novembro e pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 13h às 19h e aos sábados das 10h às 14h. A entrada é gratuita. A exposição apresentará obras dos artistas: Décio David, Elias Andrade, Elita Ramos, Laércio Luiz, Luz Cúrcio, Maria das Rendas, Marilene Orleans, Maurílio Roberge, Tolentino Santanna Neto, Talyta Bastos e Vera Sabino. Todos os artistas convidados desenvolvem o labor de fazer rendas ou criam narrativas pessoais tendo como base a referida tradição. De acordo com os organizadores, Marcelo Seixas e Sandra Nunes, a exposição pretende mostrar a importância do fio para a humanidade e a necessidade de evolução de certas práticas para permanecerem vivas no mundo contemporâneo. Presente em praticamente todas as culturas, do oriente ou do ocidente, o simbolismo do fio está associado àquele agente que liga todos os estados da existência entre si, e ao seu principio, sendo, portanto, o responsável por conectar este mundo, o outro mundo e todos os seres. Em culturas orientais, como as do Japão e China, muitas iniciações femininas incluíam um trabalh o de tecelagem ritual associado à reclusão, à noite, ao inverno. Assim, o trabalho de tecelagem simboliza a estrutura e o movimento do universo, associando a tecelagem a um trabalho de criação, de parto, pois todos os instrumentos relacionados a esta prática são tidos como símbolos do destino, pois tecer é, antes de tudo, um ato de criação de novas formas, pois controla não somente os nascimentos como, também, o decurso dos dias e o encadeamento dos atos. Os trabalhos selecionados na Exposição Entre Rendas e Narrativas procuram sinalizar aquilo que é potência, ou seja, a possibilidade de superação da própria tradição que ao ser infinitamente repetida copiada e replicada, absorve a força necessária para dar o salto necessário para reinventar-se e renascer pronta para as demandas e anseios do contexto atual. Afinal, como as próprias rendeiras já perceberam, inovar e diversificar a produção é questão de sobrevivência, assim como profissionalizar, agregar valor ao trabalho também o é para atrair as jovens e preservar a tradição. Assim como nas artes, a tradição também precisa ser criativa para seguir em frente e superar as adversidades. |
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Categorias: Novembro 2017 Tags:
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