Lançamento de "Ossama: último livro" e "Exumação" e exibição do curta "Ilha do carvão"
Quando: 30 Novembro 2016, quarta-feira, às 19 horas
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina, MHSC - Palácio Cruz e Sousa Endereço: Praça XV de Novembro, 227 - Centro Quanto: Gratuito Evento no FB: www.facebook.com/events/642125305970196 Florianópolis – Um livro de ossos, ossadas, ossarias – poemas que se levantam como vértebras no “sítio arqueológico” do tempo presente. Dez anos de escritura e reescritura estão reunidos em “Ossama: Último Livro” (Ed. Letras Contemporâneas/Editora da Casa, 80 páginas. R$ 30), a quinta publicação do escritor Dennis Radünz. Com reproduções da artista Julia Amaral e posfácio do professor e pesquisador Raúl Antelo, “Ossama” reúne poemas “escavados” entre 2007 e 2016 e republica um poema de 1991: “Exumação”. A musicalidade incomum do poeta encontra temas radicalmente contemporâneos, da vida como mercadoria à sensação de desaparição iminente, enquanto valoriza a experiência da esperança. O lançamento do livro ocorre no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, dia 30 de novembro, quarta-feira, às 19 horas, e conta com o lançamento da publicação de artista “Exumação” (Miríade Edições. R$ 15) e exibição do curta-metragem “Ilha do Carvão”, documentário a partir de crônica de Radünz, com direção e edição de Fábio Brüggemann. ENTRADA GRATUITA. PERDIDOS E ACHADOS “Organizei uma coleção de objetos descobertos nos subsolos da realidade (porque ‘ossama’ é o brasileirismo que significa porção de ossos) e esses achados e perdidos tanto podem falar de uma cédula de cinquenta cruzados novos em desuso ou do olhar alienígena sobre a humanidade, quanto podem dissecar um animal humano imaginário: a ondina”, explica o poeta. Para Radünz, ossos não são somente sinônimos do que acabou, mas, ao contrário, são condições para manter a postura ereta, o estar vivo e levantar-se. “Imagino o escritor como parkour, o desportista que salta entre prédios, paredes, muros, e depende só da força vital para levitar por instantes: o leitor é também esse parkour, saltando a palavra escrita, sílaba a sílaba, com acessos de vertigem e deslumbre”. Outro “achado” é o poema visual “Exumação” - um original datilografado por Dennis em preto e vermelho em 1991 e que ficou “desaparecido” por 18 anos -, lançado pela Miríade Edições como publicação de artista, no formato A2, com edição limitada numerada e assinada. Dennis Radünz publicou os livros de poemas “Exeus” (1996), “Livro de Mercúrio” (2001) e “Extraviário” (2006), foi cronista do Diário Catarinense (2004-2008) e editou livros notórios, como “13 Cascaes” e “História natural de sonhos - poemas infantis de Fritz Müller”. O escritor é formado em Letras (UFSC) e tem ministrado sucessivos cursos de criação literária em Santa Catarina, Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso e Tocantins, além de Paraty/RJ. ILHA DESAPARECIDA Com direção, roteiro e edição de Fábio Brüggemann, o curta “Ilha do Carvão” (Nave, 7 minutos) parte da crônica homônima de Dennis Radünz para revisitar a ilha desaparecida, em 1975, sob o aterro da Baía Sul. O piano de Alberto Heller e dezenas de imagens de arquivo – incluindo acervo da década de 1920 de José Julianelli e Vitor Konder –, se entremeiam à voz do próprio cronista, na procura fadada ao desencontro, porque a ilhota – imortalizada no antigo cartão-postal da Foto Postal Colombo –, segundo o filme, “sofreu terras, contraiu cidade”. |
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Categorias: Novembro 2016
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