La Vaca comemora 10 anos com estreia da peça "Ilusões"
Quando: 11, 12, 13, 24, 25, 26 e 27 de maio, às 20 horas
Onde: Teatro do SESC Prainha Endereço: Travessa Syriaco Atherino, 100 – Centro Quanto: Gratuito Evento no FB: www.facebook.com/events/188921888400846 A Companhia de Artes Cênicas La Vaca celebra em maio uma década de atuação ininterrupta nos palcos de Santa Catarina e do país estreando uma nova peça, “Ilusões”, adaptada do texto homônimo do autor russo Ivan Viripaev e com direção de Fabio Salvatti. Serão sete apresentações, nos dias 11, 12, 13 de maio (sex a dom) e 24, 25, 26 e 27 de maio (qui a dom), sempre às 20h, com entrada gratuita e classificação livre, no Teatro SESC Prainha, em Florianópolis. Ingressos distribuídos no local a partir das 19h. A montagem faz parte do projeto “Ilusões – La Vaca 10 Anos” e que foi contemplado pelo Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2017, principal ferramenta de fomento do governo do Estado de Santa Catarina. A montagem representa uma mudança de rota em termos dramatúrgicos para a La Vaca. Ainda que o foco continue sendo a dramaturgia contemporânea, a companhia propõe a encenação de um autor russo, expandindo seu interesse para além do universo teatral latino-americano. Da mesma forma, a nova parceria estabelecida com o diretor Fabio Salvatti, abre as perspectivas de exploração de novas linguagens, que representem continuidades e rupturas com os modos de representação explorados até aqui. Com Ilusões a companhia pretende rever sua trajetória e colocar em perspectiva o trabalho realizado até este momento, ao mesmo tempo em que se desafia ao novo, investigando formas de resistência. O próprio texto de Ilusões reflete de forma metafórica sobre as questões que levam a companhia a comemorar sua existência, uma vez que a peça trata da memória, tempo, resistência e permanência. A pergunta que encerra a peça Ilusões sintetiza sua intenção poética: Tem de haver algum tipo de permanência neste universo cambiante? Ao narrar o relacionamento de dois velhos casais, Ivan Viripaev, autor do chamado Novo Drama Russo, compõe uma reflexão aberta sobre os mitos a respeito do amor, relacionamentos e permanên cia. Afinal, será que o amor é mais do que uma complexa rede de histórias que contamos a nós mesmos e aos outros? Assim como em outros textos do autor, em Ilusões a estrutura da narrativa é posta em questão, há uma fenda instaurada entre performer e texto, entre forma e conteúdo. Viripaev traz para a cena uma epicidade que não se confunde com o projeto político de Bertolt Brecht e nem com a oralidade dos contadores de histórias. Há uma desdramatização do material cênico, de forma que não há clareza de qual é a relação estabelecida entre os personagens e os atores que contam suas histórias. Isso abre caminhos plurais tanto para a encenação quanto para a atuação deste texto. A montagem pretende voltar à intimidade, numa espécie de reconexão entre intérprete e público. Por este motivo, decidiu-se promover a proximidade entre atores e espectadores. A encenação se define neste encontro humano, fundador do fenômeno teatral e tão caro aos dias sombrios em que vivemos, como potência artística. Os elementos cênicos que acompanham este encontro serão muito simples, minimais: poucos adereços, alguns objetos de cena. Menos efeito, mais afeto. Além da montagem e temporada de estreia de Ilusões, o projeto conta com a edição de uma revista comemorativa, a ser lançada na estreia do espetáculo, e a apresentação gratuita de dois trabalhos do repertório da La Vaca ainda em 2018. Projeto realizado com o apoio do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, FUNCULTURAL e Edital Elisabete Anderle/2017. Sobre a Companhia La Vaca Companhia de Artes de Cênicas nasceu em 2008 com a montagem de Mi Muñequita, estreia brasileira do texto do dramaturgo uruguaio Gabriel Calderón. Nos anos seguintes a companhia seguiu um caminho de desenvolvimento de seu trabalho, fruto das parcerias estabelecidas com artistas da nova cena teatral latino-americana, especialmente criado res uruguaios. Seguiu-se a montagem de Kassandra, de Sergio Blanco e de UZ, outro texto de Calderón. Além destes, a companhia desenvolveu projetos diversos, que vão desde experiências autorais em gêneros cômicos a intervenções urbanas, estabelecendo relações criativas e profissionais com artistas de outros coletivos. Nesses 10 anos de estrada uma identidade própria, que destaca o trabalho da companhia no cenário regional e nacional, foi sendo construída às custas de um trabalho intenso, dedicado à investigação artística e à produção de espetáculos esteticamente comprometidos e politicamente relevantes, que dialogam com os espectadores de forma potente. O resultado desse esforço foi a participação da companhia em festivais importantes como o FILO - Festival Internacional de Londrina, FITRUPA - Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre, FIT-BH - Festival Internacional de Teatro de Palco & Rua de Belo Horizonte e Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília, além do Festival Isnard Azevedo de Florianópolis; a aprovação e premiação de projetos em editais como o Prêmio Municipal de Incentivo à Cultura da Fundação Franklin Cascaes de Florianópolis, Edital do Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis, Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz, Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural e Programa PETROBRAS Distribuidora de Cultura; e o convite para projetos de circulação regionais, como o EmCena Catarina nas edições de 2009 e 2016, e nacionais, como o Palco Giratório na edição de 2010, ambos do SESC, além de temporadas constantes em Santa Catarina, São Paulo e Montevidéu, Uruguai, que reforçam o vigor dos projetos da companhia e vêm gerando vagas de trabalho para cerca de 60 artistas e técnicos nesses 10 anos. A década de produção ininterrupta que se completa em 2018 representa para a companhia a oportunidade de avaliar e questionar a própria traje tória em um processo de reflexão sobre os desdobramentos artísticos, éticos e políticos dessa caminhada. Um ponto de virada em que os artistas da companhia se propõem a trilhar novos caminhos, ocupar novos espaços, conectar-se com novos parceiros, explorar novas linguagens e investigar novas formas de dialogar com as plateias e compartilhar a experiência construída até aqui. SINOPSE: Tem de haver algum tipo de permanência neste universo cambiante? Ilusões propõe uma reflexão aberta sobre os mitos do amor, da memória e da permanência ao contar a história de dois velhos casais. Será que o amor é mais do que uma complexa rede de histórias que contamos a nós mesmos e aos outros? Como saber o que é e o que não é uma ilusão? Discos voadores, linhas rosas no horizonte e pedras arredondadas são aqui testemunhas das respostas provisórias a estas perguntas. FICHA TÉCNICA: Ilusões, de Ivan Viripaev Direção e tradução: Fabio Salvatti Com: Anderson do Carmo, Drica Santos, Milena Moraes e Renato Turnes Cenografia: Sandro Clemes Figurino: Renato Turnes Desenho de luz: Fabio Salvatti Orientação vocal: Jefferson Bittencourt Coreografia: Anderson do Carmo Revisão de tradução: Vera Seregina Arte gráfica: Renato Turnes Produção: Milena Moraes e Renato Turnes Realização: La Vaca Companhia de Artes Cênicas Duração: 90 min Classificação Indicativa: Livre Entrada gratuita. Ingressos distribuídos no local a partir das 19h |
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Categorias: Maio 2018 Tags:
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