Exposição Pelos Caminhos da Cidade de Pedra: Trinta Anos de Pesquisas Arqueológicas
Quando: até 26 de fevereiro
Onde: Aliança Francesa Florianópolis Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 282 – Centro Quanto: Gratuito Evento no FB: www.facebook.com/events/1405763156339285 Visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e das 16h às 20h No meio da mata, grandes rochas de arenito esculpidas pelo tempo de forma a parecerem torres de arranha-céus marcam a paisagem da Cidade de Pedra, um sítio arqueológico no município de Rondonópolis, no Mato Grosso. As pesquisas e escavações no local já revelaram que a ocupação na região é antiga, com artefatos encontrados que datam de 300 a 10 mil anos atrás. Agora, o sítio é tema de uma mostra organizada pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, que fica em exibição até o dia 26 de fevereiro na Aliança Francesa de Florianopolis. Com painéis compostos por fotografia e texto, Pelos Caminhos da Cidade de Pedra: Trinta Anos de Pesquisas Arqueológicas tem o objetivo de divulgar ao público em geral as descobertas obtidas pelo projeto Pré-História e Paleoambiente na Bacia do Paraná. "É uma exposição bastante didática, que conta os resultados da longa pesquisa em Rondonópolis. Mostramos a paisagem, o uso dela pelos grupos pré-históricos, as interferências que eles deixaram no ambiente, a cultura material e a arte rupestre”, diz a professora Verônica Wesolowski, curadora da exposição. O projeto de pesquisa, que está completando 30 anos, é fruto de uma cooperação científica entre o MAE e o Museu de História Natural de Paris. Se gundo Verônica, as décadas de trabalho arqueológico em campo resultaram na obtenção de mais de 25 mil artefatos – isso em apenas uma pequena área da Cidade de Pedra, e não no sítio inteiro. Pode-se imaginar, portanto, a riqueza de informações que o local oferece aos arqueólogos. Entre as descobertas, há cerâmicas, adornos, artefatos líticos descartados, pinturas rupestres e outros vestígios, como os de fogueiras. "Por volta de dois mil anos atrás, aparecem os grupos de cerâmica na região”, conta Verônica. A exposição contextualiza para o visitante os dados que são exibidos, conta um pouco de história indígena e também a história da própria pesquisa. Isso é importante para entender os resultados de Rondonópolis como parte de um trabalho mais abrangente, já que o projeto franco-brasileiro foi criado para investigar o povoamento e as culturas pré-históricas da extensa região da Bacia Geológica do Paraná. Localizada no centro da América do Sul, a região é limitada, ao norte, pela bacia hidrográfica do Amazonas e, ao sul, pelos rios Paraguai e Paraná. Ocupa um território que vai do Mato Grosso ao Uruguai, englobando também partes da Argentina e do Paraguai. Outro sítio que também tem sido objeto de estudo dos pesquisadores ao longo dos 30 anos do projeto está localizado na Serra das Araras, também no Mato Grosso. |
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Categorias: Fevereiro 2014 Tags:
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