Quando: até 24 de julho
Onde: Galeria Luciano Martins
Endereço: Av. Afonso Delambert Neto 664, loja 2 - Lagoa da Conceição
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/254586981408342

A Galeria Luciano Martins tem o prazer de convidá-los para exposição fotográfica THE WALL, de Flavio Oliveira. Coquetel de abertura será na próxima terça, dia 24 às 20h. Entrada gratuita. Visitação até 24 de julho, todos os dias, das 14 às 20h.

Luciano Martins abre sua galeria como abre seu coração desprovidamente de interesses aos projetos e conceitos que a arte solicita-lhe, criando neste espaço um vértice ativo para a discussão e novas propostas para quaisquer segmentos da arte, sem o menor pudor ou demonstração de intolerância social, estética ou de qualquer formalidade aristocrática.

No quadrilátero de sua galeria vemos pessoas rindo, questionando, desenhando, criando, visitando, debatendo, expondo ou mesmo tentando absorver a arte que muito se assemelha a inocência de todas as crianças que deveriam habitar em nossas almas.

Luciano Martins abre sua galeria ao trabalho de Flavio de Oliveira, dando boas vindas a uma proposta que nada se assemelha com seu trabalho, mas muito coincide com seu espirito criativo e sua capacidade de não ter vergonha de serem os artistas que são, sem pragmatismo e ou modulações formalísticas.

Por seu despojo o artista cede integralmente a montagem e a musicalidade visual de sua exposição a arquiteta Luciana Bossle Silveira, que por magia intelectual cria uma exposição extremamente aprazível c om imagens de tamanho impacto estético. Usando uma desconstrução de regras expositoras preocupa-se mais com Arquitetura do contexto visual em si do que com qualquer outro parâmetro.

Luciana Bossle Silveira cria em seu trabalho uma exposição linearmente inovadora, sobre os tons de um azul imaginário deposita os trabalhos do artista, criando linhas visuais que abrem o olhar do expectador a uma discussão que transpõem a proposta do artista, interligando o expectador a um conjunto de obra único por sua informalidade cromática. Conciliando as cores barrocas do artista a sua busca pelo negro mais que absoluto em uma história verdadeiramente aprazível.

É inegável a influência da árvore sobre o fruto da criação de Flávio Oliveira, é impossível não se observar nesta exposição o poder e a influência de seu mestre sobre seu trabalho. O artista demonstra claramente a água que bebeu para efetuar sua construção, na cor e no impacto Barroco de sua negritude brasileira. Fica explícito o clamor pelo reconhecimento da influência de seu mestre sobre sua evolução como artista e como homem.

Esta mostra com trabalhos de várias dimensões, séries, fases e conteúdos esclarece-nos a compulsão pelo estudo e pelo trabalho exaustivo, num labor destinado a satisfazer uma alma conturbada pelo que já foi visto e pelo que não foi ainda registrado.

Patrícia do Amaral e Silva