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Mostra Sonora Brasil: Tambores e Batuques



Quando: de 15 a 18 de agosto, às 20 horas
Onde: Teatro do SESC Prainha
Endereço: Travessa Syriaco Atherino, 100 – Centro
Quanto: Gratuito

Com o tema "Tambores e Batuques”, o Sesc realiza a Mostra Sonora Brasil em cinco municípios catarinenses, que será em Florianópolis de 15 a 18 de agosto, às 20h, com apresentações gratuitas dos grupos que participam da edição 2014 do Sonora Brasil - Formação de Ouvintes Musicais, maior projeto de circulação musical do país: Raízes do Bolão, do quilombo do Curiaú (AP), Samba de Cacete da Vacaria, da região de Cametá (PA), grupo Raízes do Samba de Tócos, da cidade de Antônio Cardoso (BA) e Alabê Ôni (RS). Eles apresentam as manifestações da tradição oral presentes em comunidades quilombolas, que têm o tambor como um elemento fundamental e, em alguns casos, sagrado.

Os grupos circulam utilizando instrumentos fabricados artesanalmente, de acordo com as tradições de suas comunidades, apresentando repertório de cânticos que aludem a fatos da vida social, ao trabalho e às crenças religiosas. O grupo Raízes do Bolão, do quilombo do Curiaú (AP), apresenta o marabaixo e o batuque; o grupo Samba de Cacete da Vacaria, da região de Cametá (PA) apresenta o samba de cacete; o grupo Raízes do Samba de Tócos, da cidade de Antônio Cardoso (BA) apresenta o samba de roda; e do Rio Grande do Sul vem o único dos quatro grupos que não é formado numa comunidade quilombola, o Alabê Ôni, formado por músicos, pesquisadores da cultura negra, que recupera a história do Tambor de Sopapo.

O Sonora Brasil desenvolve programações identificadas com a história da música no país. No biênio 2013/2014, o projeto chega a sua 16ª edição, com os temas "Tambores e Batuques” e "Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea”. Em 2013, o primeiro tema circulou pelos estados das regiões Centro-Oeste Norte e Nordeste, enquanto o segundo seguiu pelos estados das regiões Sul e Sudeste. Em 2014, procede-se a inversão para que os grupos concluam o circuito nacional.

O projeto realiza somente neste ano 458 concertos, em 123 cidades de todo o país, a maioria dista nte dos grandes centros urbanos. A ação possibilita às populações o contato com a qualidade e a diversidade da música brasileira e contribui para o conjunto de ações desenvolvidas pelo Sesc visando à formação de plateia. O projeto Sonora Brasil tem o objetivo de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de obras não comerciais, levando-os para localidades distantes dos grandes centros urbanos. Desta forma, busca despertar no público um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão de música no país, incentivando novas práticas e novos hábitos de apreciação musical, promovendo apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizam a pureza do som e a qualidade das obras e de seus intérpretes.

PROGRAMAÇÃO MOSTRA SONORA BRASIL

15/08 - Alabê Ôni
16/08 - Raízes do Samba de Tocos
17/08 - Raízes do Bolão
18/08 - Samba de Cacete


SOBRE OS GRUPOS

ALABÊ ÔNI: O grupo gaúcho é formado especialmente para o projeto Sonora Brasil, é integrado por Richard Serraria, Mimmo Ferreira, Walter "Pingo” Ferreira e Kako Xavier, músicos pesquisadores que se dedicam à recuperação da história do tambor de sopapo — o Grande Tambor, e traz ao palco do Sonora Brasil repertório de maçambiques, quicumbis, alujás e candombes, manifestações da cultura negra gaúcha ligadas à tradição religiosa e profana. Como não houve continuidade histórica nas manifestações musicais onde o tambor de sopapo estava inserido no período colonial, especialmente nas charqueadas de Pelotas, os músicos participantes não fazem parte de nenhum grupo de tradição oral, mas sim representam um movimento que congrega músicos e pesquisadores, e que vem se expandindo no Rio Grande do Sul desde a década de 1990 buscando a valorização e revitalização das manifestações musicais oriundas da matriz africana que circulou pelo estado no período da escravidão.

RAÍZES DO BOLÃO: Música e d ança típicas do Amapá, o marabaixo é muito valorizado pela população do estado e reconhecido em sua identidade local. Está associado a festividades da igreja católica em louvor a diversos santos como Santo Expedito, São Tiago e São José e remete a tradições seculares que tiveram origem nos quilombos da região. O grupo Raízes do Bolão vive no quilombo do Curiaú, área rural da cidade de Macapá, onde mantém a tradição de cantar os ladrões (cânticos) que falam de situações diversas do cotidiano e de temas religiosos. Dona Chiquinha, matriarca do quilombo, aos 92 anos participa ativamente das festas e é referência para todos, detentora de conhecimentos que ajudaram o grupo a recuperar histórias e cânticos do passado. Utiliza os tambores de marabaixo fabricados pelo Mestre Pedro, e também apresenta os batuques (bandaias) tocados em tambores cavados em tronco de árvore e em pandeirões que remetem a influências da cultura moura. Integram o grupo os tocadores e cantadeiras Mestre Pedro, Diego Santos, Manoel dos Santos, José Antônio, Esmeraldina dos Santos, Davina dos Santos, Carmem Andreia e Siula da Fonseca.

RAÍZES DO SAMBA DE TOCOS: Representando a tradição do samba rural da Bahia o grupo foi organizado há sete anos a partir de laços familiares e amizades entre vizinhos. Liderados pelo Mestre Satu se apresenta em eventos locais geralmente de caráter profano e em algumas festividades religiosas, principalmente as ligadas a São Cosme e São Damião. O grupo é formado principalmente por camponeses que vivem na região da antiga fazenda de Tocos, município de Antônio Cardoso, no interior da Bahia, a 30 km de Feira de Santana, tendo como principal atividade econômica a produção agrícola, especialmente do fumo, milho e feijão. Além do Mestre Satu, integram o grupo Roque da Viola, Afonso das Virgens, Antônio Luiz, Manoel Conceição, Saturnino Dias, Dona Antônia, Dona Edilma e Dona Maria de Lourdes, tocadores e ca ntadeiras/sambadeiras que cantam acompanhados com tambores de oca de pau, pandeiros, triângulo e viola.

SAMBA DE CACETE DA VACARIA: O grupo paraense é formado por pessoas que mantém relações familiares e de vizinhança, e que participam regularmente de atividades sociais onde se pratica o samba de cacete. Seus integrantes, em sua maioria, são moradores da zona rural da cidade de Cametá e vivem da produção agrícola. Uma das situações sociais mais recorrentes relacionadas ao samba é "o convidado”. Trata-se de um movimento de solidariedade e união de forças quando uma pessoa da comunidade vai preparar o terreno para o plantio e todos se juntam para ajudar. Da limpeza do terreno ao plantio o samba de cacete é tocado no intuito de animar o grupo pra que o trabalho seja feito com eficiência e rapidez. O grupo é formado por tamboureiros e cantadeiras/sambadeiras e seus cânticos são acompanhados por dois tambouros e mais um percussionista que toca os cacetes. Tem a liderança do Mestre Benedito Moía.
Mostra Sonora Brasil: Tambores e Batuques


Categorias: Agosto 2014
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