Quando: 15 Outubro 2014, quarta-feira, às 19 horas
Onde: Fundação Cultural Badesc
Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 216 - Centro
Quanto: Gratuito

Art 7 - Mostra Comédia Francesa

A Mostra Comédia Francesa "Cinq Comédies Françaises Delicieuses”, da Aliança Francesa e o Cine Clube ART 7, acontece a partir de 08 de outubro na Fundação Cultural Badesc, com sessões nas quartas-feiras, às 19h, com entrada gratuita. Confira a programação completa da Mostra Comédia Francesa.

Dia 15 de outubro será exibido segundo filme da mostra, "O Pequeno Nicolau”, uma comédia infanto-juvenil, um verdadeiro doce para a alma das crianças dentro de cada um de nós.

O pequeno Nicolau (Le petit Nicolas)
De Laurent Tirard. França, 2009. 91min. Comédia. Livre.
Com Maxime Godart, Valérie Lemercier, Kad Merad, Sandrine Kiberlain.

Garoto acredita que sua mãe está grávida e entra em pânico, pois pensa que assim que o bebê nascer ele não mais receberá atenção e será abandonado na floresta.

O filme trata do universo e dos medos infantis, especialmente daqueles medos advindos da escuta de conversas entre adultos, deturpadas pela mente fértil das crianças.

Adaptado da obra em quadrinhos, Le Petit Nicolas, criada em 1959, por Jean-Jacques Sempé e René Goscinny, cocriador de Astrerix, o filme preserva o elogio da pureza e nostalgia, características intrínseca s do HQ.

Estamos na França dos anos 50, de tipos caricatos metropolitanos à Monsieur Hulot. Nicolau aparentemente não tem com que se preocupar. É filho único de um pai que conta vantagens e uma mãe que o mima. Cheios de problemas são os amigos de escola: tem o que estuda pouco, o que estuda muito, o que come muito, o que briga muito. Nicolau, não. Vive uma infância plena, tanto que, quando perguntado o que gostaria de ser quando crescer, o menino nem sabe o que responder.

Mas o primeiro sinal do amadurecimento surge numa desconfiança: Nicolau suspeita que seus pais estão querendo lhe dar um irmão caçula. O raciocínio não passa pela cabeça do menino, mas ser o filho mais velho já fez dele um pequeno homem. O que Nicolau concebe, então, é um plano para manter-se não só o filho único, mas simbolicamente, manter-se para sempre uma criança.

A ideia central de Tirard (diretor) é nos apresentar o mundo pelos olhos do garoto, mundo esse que não capta as insatisfações do pai no trabalho, por exemplo, ao mesmo tempo em que acompanhamos a realidade enxergada pelos adultos. Há duas histórias correndo em paralelo em O Pequeno Nicolau, dois pontos de vista (o adulto e o infantil) sobre uma mesma situação, e é divertida a rede de falsos acasos que o roteiro arruma para amarrá-las no final.