Espetáculo "Um Ano, Dois Meses e Três Semanas", da Oito Tempos Cia. de Dança
Quando: 22 Abril 2016, sexta-feira, às 20h30min
Onde: Teatro Ademir Rosa (CIC) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica Quanto: R$40 inteira e R$20 meia-entrada “Um Ano, Dois Meses e Três Semanas” questiona de forma poética as felicidades de cada um e abre participação ao público por meio de SMS “A minha maior felicidade foi...” Com esta frase que procura complemento na memória afetiva das pessoas, a Oito Tempos Cia. de Dança, da capital paranaense, provocou seus integrantes a investigarem as próprias vivências e também o público a buscar respostas para uma questão aparentemente simples, mas de conclusão não muito fácil para a maioria. Agora, após 16 apresentações franqueadas pela Fundação Cultural de Curitiba naquela cidade, o espetáculo “Um Ano, Dois Meses e Três Semanas” propõe esta meditação pela primeira vez em Santa Catarina, integrando como convidado a programação da 15ª Mostra de Danças de Salão de Florianópolis – Baila Floripa, de 21 a 24 deste mês. A exibição abrirá a noite do dia 22, às 20h30, no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC). Segundo a diretora da companhia, Sheila Santos, a montagem “fala sobre a felicidade e este caminho que o ser humano sempre fica buscando. Todo mundo acaba metendo o dedo na sua felicidade, dizendo que para você ser feliz precisa de determinadas coisas. A gente tenta fazer uma reflexão sobre isto e dizer que não, que o seu caminho de felicidade é o melhor, porque ele foi escolhido e desenhado por você”. Além de incitar este questionamento interno, a apresentação permite à plateia participar interativamente, expondo suas respostas. Até minutos antes do início, as pessoas podem enviar mensagens de texto (SMS) pelo telefone celular, narrando quais foram as suas maiores felicidades para serem lidas pelos bailarinos. “É uma cena bem sensível e emocionante, as pessoas ficam surpresas porque, de repente, o texto que elas mandaram foi parar dentro do espetáculo”, explica Sheila. A exibição no evento em Florianópolis será um compacto de 30 minu tos, metade da duração da versão original, adaptado a este tempo e ocasião. Como a mostra de danças de salão está completando 15 anos e faz parte da história de milhares de bailarinos, praticantes e espectadores do Brasil e do exterior, a questão lançada ao público será “A minha maior felicidade no Baila Floripa foi...” Quem quiser contar a sua, pode enviar mensagem para (48) 9161-6719 desde já. Mapa da felicidade O espetáculo concebido por Luiz Dalazen teve inspiração na obra “El Buscador”, do argentino Jorge Bucay, que conta a passagem de um sábio pensante por uma pequena cidade indiana, em cujo cemitério ele conhece o curioso conceito de vida e felicidade daquele povo. Intrigado ao observar várias lápides com marcações de tempos exíguos, como “um ano, dois meses e três semanas”, questionou o coveiro por que lá morriam tantas crianças. O homem explicou-lhe que era costume os bebês ganharem uma caderneta ao nascerem para nela serem registrados os tempos de seus momentos felizes. Ao fim da vida, a família faz a contagem e fixa na lápide este tempo, que é realmente o tempo que importa. Para colaborar nesta construção coletiva, os bailarinos se apoiaram nas quatro virtudes cardeais que, segundo a Igreja Católica Apostólica Romana, polarizam todas as outras e representam a perfeita felicidade: coragem, justiça, prudência e temperança. No livro “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”, onde Dalazen observou como elas influenciam comportamentos, o filósofo francês Andre Comte-Sponville mostra de que forma tais valores ajudam ou atrapalham as felicidades de quatro personagens. No fim das contas todos desejam encontrar o caminho da felicidade, porém, os mapas apresentados durante a vida talvez estejam com o prazo de validade vencido e precisem ser reconstruídos. Pensar em felicidade, implica lembrar momentos felizes vividos. Conforme Dalazen, “talvez esta pergunta tenha sido a mais difícil durante o processo: qual seria o m omento que a gente considera o mais feliz da nossa vida?” Composta por 10 coreografias, a produção demorou apenas quatro meses para ficar pronta. Sua movimentação parte essencialmente da dança de salão, porém é permeada com elementos do contemporâneo, do balé clássico e de outras linguagens artísticas. A trilha sonora eclética inclui canções de Buika, Ernesto Lecuona, Gustavo Ripa, Perota Chingo, Marina de La Riva, Natalia Lafourcade e Shakira. Sheila Santos Proprietária e professora da Oito Tempos Dança de Salão – Curitiba, também é responsável pela formação da equipe desta unidade. Graduada em dança pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e pós-graduada em danças de salão pela Faculdade Metropolitana de Curitiba (Famec), curso do qual é professora desde a segunda turma. Premiada como bailarina no Festival de Dança de Joinville, cidade onde também integrou a equipe de seleção de novos alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Ministra aulas e se apresenta em festivais, mostras, encontros de dança e de educação física pelo País. Ficha técnica *Criação, concepção e produção executiva: Luiz Dalazen *Direção artística e coreográfica: Sheila Santos *Coreografia: criação coletiva *Dançarinos da Oito Tempos Cia. de Dança: Ana Maria Filadelfi, Eric Rossa, Mariama de Oliveira, Rodrigo Nantes e Sheila Santos *Dançarinos convidados: Giuliana Manfio, Leonardo Taques e Luiz Dalazen *Ensaiadores: André Neri e Caroline Martins *Assessoria cênica: George Sada *Figurinos, cabelo e maquiagem: Yeda Priscila *Cenografia: Cynthia Karas e Luiz Dalazen *Light design e operação de luz: Nadia Luciani *Operação de som: Caroline Martins *Trilha Sonora: Luiz Dalazen e Sheila Santos *Identidade visual: Fabiana França *Recomendação etária: livre Venda de ingressos: bilheterias dos teatros Ademir Rosa (Agronômica), Álvaro de Carvalho (Centro) e Pedro Ivo (Saco Grande) e nas academias conveniadas à Acads (www.acads.org.br) Obs: um ingresso dá direito a uma tarde de workshops de nível iniciante no hotel Majestic, entre os dias 21 e 24. |
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