SpokFrevo Orquestra faz show de lançamento do disco "Frevo Sanfonado"
Quando: 06 Maio 2016, sexta-feira, às 21 horas
Onde: Teatro Governador Pedro Ivo Endereço: Rodovia SC 401, 4600 - Saco Grande Quanto: R$30 inteira e R$15 meia-entrada Evento no FB: www.facebook.com/events/1575428599452697 No próximo dia 6 de maio, a Spok Frevo Orquestra, big band de frevo-jazz pernambucana ovacionada no País e no Exterior, estará no Teatro Pedro Ivo, em Florianopólis, para lançamento do seu terceiro disco "Frevo Sanfonado" em uma única apresentação. O projeto é realizado pela Jaraguá Produções, com produção local da Verdura Produções e Harmônica Arte e Entretenimento. O patrocínio é da Petrobras, que tem garantido a circulação do grupo pelo Brasil e o lançamento do CD. Em êxito exponencial desde o disco Ninho de Vespa (2013), o segundo registro de estúdio, colecionando uma gama de participações e concertos com prestigiosa visibilidade internacional — Jazz at Lincoln Center de NY e Berklee College of Music, nos EUA (outubro/2014), Do Frevo ao Jazz com o trompetista Wynton Marsalis no Parque Dona Lindu, no Recife/PE (abril/2015), Rock in Rio USA em Las Vegas (maio/2015) e turnê europeia pela Itália, Holanda e França (julho/2015) — a SpokFrevo Orquestra entra em nova fase, mais madura e inovadora. Há dois anos sob o patrocínio do Petrobras Cultural, que viabiliza uma circulação em território nacional e um novo álbum, o conjunto de 17 integrantes avança ainda mais sobre a experimentação e o universo da música popular com tonalidades eruditas e audição acurada neste novo trabalho. No álbum, que acaba de sair do forno, renova-se mais uma vez o frevo, gênero musical e de dança nascido no Recife há mais de cem anos sob a tradição dos antigos carnavais. Frevo Sanfonado, terceiro disco do grupo liderado pelo saxofonista, arranjador e diretor musical Inaldo Cavalcante de Albuquerque, conhecido popularmente como maestro Spok, transporta o som da orquestra de metais (saxofones, trompetes e trombones), percussão, baixo e guitarra para outro lugar totalmente inédito: o diálogo harmônico e melódico com o acordeão, a sanfona ou a gaita-ponto — instrumentos de fole com nomes distintos mas mesma natureza e extremamente populares no Br asil, sobretudo no Nordeste. Fruto de contribuições, em sua maioria, de sanfoneiros e acordeonistas que compuseram frevos inspirados pelo trabalho da SpokFrevo, o álbum Frevo Sanfonado imprime uma nova coloratura na verve jazzística do grupo. Em 11 anos de carreira, desde o álbum de estreia Passo de Anjo, a big band de jazzfrevo vem recriando o gênero em profundo contato com a música instrumental contemporânea, estabelecendo um elo entre o passado e o futuro. “O disco confere uma nova roupagem à sonoridade da SpokFrevo e ao frevo ao utilizar um instrumento profundamente nordestino e fortemente pernambucano, que é a sanfona. Nele, os sanfoneiros e acordeonistas executam frevos compostos por eles mesmos”, explica o maestro Spok, pesquisador nato do frevo e entusiasta da preservação da cultura pernambucana em conexão com a contemporaneidade, porém sem abandonar o espírito da música em suas mais remotas origens. Prova disso é que Frevo Sanfonado confere uma linguagem nova para o frevo a partir da sanfona, atrelada a arranjos dos próprios compositores, base sobre a qual a harmonia dos metais da SpokFrevo se sobrepõe. Cada sanfoneiro atua também como solista, casando improvisações jazzísticas junto com os instrumentistas da orquestra. “Muitos sanfoneiros, a exemplo de Dominguinhos, Sivuca e muitos outros, já improvisavam há muito tempo. Trata-se de um disco de frevo executado e improvisado por instrumentos, entre eles a sanfona, um elemento novo para o frevo”, justifica Spok. E o disco se notabiliza por colaborações brilhantes e promissoras, oriundas de diferentes gerações e regiões do Brasil. O pianista, acordeonista, compositor e arranjador carioca Vitor Gonçalves, que atualmente mora em Nova York e já tocou com Hermeto Pascoal e Maria Bethânia, compôs “De Cazadero ao Recife”, um frevo de arranjo sinfônico e suave que se encorpa à medida que ganha movimentos e modulações. O acordeonista gaúcho Renato Borghetti, um dos proeminentes compositores da música instrumental brasileira, e também folclorista e artista plástico, participa como solista e compositor na faixa “Frevaricação”. Talentos pernambucanos e nordestinos marcam participação maciça em Frevo Sanfonado. Saudoso sanfoneiro pernambucano, o mestre Camarão, falecido em abril deste ano, figura com uma contribuição póstuma, na música “Sandro no Frevo”. Em função de seu falecimento dias antes da produção desse frevo inédito, o carioca Rafael Meninão, atual sanfoneiro de Elba Ramalho, e o potiguar Lulinha Alencar substituem-no, de forma virtuosa, na tarefa de solistas. “Sax Sanfona”, com o experiente sanfoneiro Gennaro que participa em solo junto com Spok; “Saudade de Seu Domingos!”, um frevo em diálogo sugestivo com o baião e o xote, composto por Beto Hortis; e “Frevo Pra Ela”, do jovem cearense Nonato Lima, que tocou com Liv Moraes, filha de Dominguinhos, fecham algumas faixas do disco, feito quase inteiramente de frevos novos. Uma das exceções é o frevo clássico “Gostosão”, do maestro Nelson Ferreira (1902-1976), considerado pelo maestro Vicenti Fittipaldi um dos melhores frevos de rua pernambucanos ao lado de “Evocação”. A composição de Nelson Ferreira ganhou arranjos de Spok e solo de Waldonys, famoso sanfoneiro e piloto de avião cearense, e de Niraldo, trompetista da SpokFrevo Orquestra. |
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