Mostra Primeiros Filmes exibe obras iniciais de Woody Allen e Martin Scorsese
Quando: de 25 a 29 de julho, às 19 horas
Onde: Fundação Cultural Badesc Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 216 - Centro Quanto: Gratuito Evento no FB: www.facebook.com/events/1769317626681311 Dos dias 25 a 29 de julho (segunda a sexta-feira) o Cineclube da Fundação Cultural Badesc apresenta a Mostra Primeiros Filmes que traz algumas produções de início de carreira de diretores conhecidos como Woody Allen e Martin Scorsese. A ideia é resgatar títulos que hoje são pouco lembrados e propiciar um novo olhar sobre a carreira dos diretores, à luz de suas obras iniciais. “A maioria dos grandes diretores se torna conhecida a partir de um filme decisivo que lhe garante o reconhecimento da crítica e espectadores que acompanham sua trajetória a partir disso, mas por meio da Mostra queremos valorizar esta outra fase não menos importante ”, declara a co-curadora Clarice Dantas. A Mostra inicia na segunda (25/07) com a exibição de “O Que Há, Tigresa?”, primeiro filme de Woody Allen, onde o diretor pegou as imagens de um filme japonês de espiões, dublando-as e remontando-as junto com cenas novas para criar uma trama completamente diferente. Na terça (26/07) é a vez de “Sinais de Vida”, do diretor alemão Werner Herzog, também reconhecido por sua produção de documentários, em cujo primeiro filme já aparecem características marcantes da cinematografia do diretor. O filme “O mensageiro trapalhão”, de Jerry Lewis, filmado as pressas, em quatro semanas intensas, será apresentado na quarta (27/07). Na quinta (28/07) será exibido Porto das caixas do diretor Paulo César Saraceni e para encerrar “The big Shave” e “Quem bate a minha porta?” de Martin Scorsese. As sessões iniciam sempre às 19h e a entrada é gratuita. Programação Dia 25, segunda-feira O que há, tigresa? (What’s up, tiger Lily?) de Woody Allen. EUA. 1966. 80min. Comédia. Sem classificação. Com Tatsuya Mihashi, Mie Hama e Woody Allen. Uma sequência de piadas, trocadilhos e reviravoltas, aventuras, perseguições, traições, mil e uma emoções e mulheres belas e fatais numa trama onde vale tudo par a capturar a receita secreta de salada de ovo. Dia 26, terça-feira Sinais de vida (Lebenszeichen) De Werner Herzog. Alemanha. 1968. 86min. Sem classificação. Com Peter Brogle, Wolfgang Reichmann e Athina Zacharopoulou. Nas narrativas de Werner Herzog é recorrente a figura de um personagem cujo isolamento físico intensifica o isolamento mental. É o que acontece com o soldado Stroszek em “Sinais de Vida”, que decai em direção à loucura influenciado pelo ambiente remoto de uma ilha. Dia 27, quarta-feira O Mensageiro trapalhão (The bellboy) De Jerry Lewis. Eua. 1961. 72min. Comédia. Sem classificação. Com Jerry Lewis, Alex Gerry e Bob Clayton. No hotel Foutainebleu tudo costuma correr bem – isso quando Stanley, o mensageiro, não está envolvido. Com ele, o que pode dar errado, dará. Filmado às pressas, em quatro semanas intensas, e traduzindo um roteiro de 165 páginas em 71 minutos de filme, O mensageiro trapalhão mostra uma precisão e uma concisão raras na obra de Jerry Lewis. Em lugar dos grandes dispositivos dos filmes seguintes (como a casa de bonecas em O terror das mulheres), o filme depura seu movimento para manter somente o essencial. Dia 28, quinta-feira Porto das caixas De Paulo César Saraceni. Brasil. 1962. 75min. Drama. Sem classificação. Com Irma Alvarez, Reginaldo Faria e Paulo Padilha. Mulher, ultrajada pelo marido bruto e mesquinho, busca ajuda para matá-lo, envolvendo possíveis comparsas nos seus encantos. Talvez a mais atípica das obras do que depois veio a chamar-se Cinema Novo, de seu mais atípico diretor, Paulo César Saraceni. É um filme noir, não transposto para a zona ferroviária fluminense, mas vindo dalí. Não há discurso social, nem distanciamento crítico, mas uma vontade muito grande de compreender. Dia 29, sexta-feir a The big shave De Martin Scorsese. EUA. 1968. 6min. Sem classificação. Com Peter Bernuth. Ao fazer a barba, um jovem se corta. Bastante. Quem bate à minha porta? (Who’s that knocking at my door?) De Martin Scorsese. EUA. 1967. 90min. Sem classificação. Com Harvey Keitel, Zina Bethune e Lennard Kuras. J.R. se apaixona por uma moça, mas o passado dela, e o lado católico dele, irão pô-lo em crise. Neste primeiro filme de Martin Scorsese, o essencial do diretor já está todo lá: a amizade masculina, a violência latente do bairro, a idealização da mulher, a culpa, e, sobretudo, o pecado original. |
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Categorias: Julho 2016
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