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Cine Werá Tupã exibe filme "Por onde andam as andorinhas?"



Quando: 09 Setembro 2016, sexta-feira, às 18h30min
Onde: Auditório da Biblioteca Universitária, UFSC
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/842650579168468

O grupo de estudos Werá Tupã começa o semestre exibindo o filme “Por onde andam as andorinhas?” nesta sexta-feira, 9 de setembro, às 18h30min, no auditório da Biblioteca Central da UFSC, sala Harrys Laus.

Premiado em festivais internacionais, o curta coloca em cena os índios do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso. Produzido em parceria pelo Instituto Socioambiental e o Instituto Catitu, com roteiro de Paulo Junqueira, do ISA, e Mari Corrêa, que também é a diretora, o filme “Para onde foram as andorinhas?” (Brasil, 2015, 22min) mostra de forma sensível e explícita, de que forma os povos que habitam o Parque estão percebendo e sofrendo em seu cotidiano os impactos das mudanças do clima. A preocupação em aspectos importantes de sua vida, de sua base alimentar, de seus sistemas de orientação no tempo, de sua cultura material e de seus rituais. Eles estão preocupados e se perguntam como será o futuro das próximas gerações. Por isso estão atentos e continuam a luta para preservar e proteger a floresta que os abriga.

Hoje, no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, vivem 6 500 índios de 16 povos diferentes, que com seu tradicional sistema de manejo do território garantem a preservação das florestas. Entretanto, no entorno do Parque a realidade é outra. Com 86% das florestas convertidas principalmente em soja, milho e pasto, os últimos 30 anos foram de devastação ambiental no entorno e as consequências no clima, nos animais, na agricultura estão sendo sentidas pelos índios.

Cigarras não cantam mais. Borboletas e andorinhas sumiram

Os sinais estão por toda parte. As cigarras não cantam mais anunciando que a chuva está por vir. Também desapareceram as andorinhas que voavam em bandos para anunciar o início das chuvas. As borboletas, que visitavam as aldeias avisando que o rio ia começar a secar, sumiram. São alguns exemplos do que está acontecendo. Antigamente não era assim, eles dizem. Mas o aumento do calor, a falta de chuvas, o desmatamento no entorno do Parque e até a construção de barragens são apontados como causas dessas mudanças. O fogo, antes restrito à roça, hoje, se alastra com muita facilidade, atingindo grandes áreas do Parque, exigindo que os índios se mobilizem e adotem novas técnicas e equipamentos para controlar o fogo.

O calor intenso também está matando as frutas e alimentos que fazem parte da culinária dos povos xinguanos estão desaparecendo, caso de algumas espécies de mandioca e batata. Até os pés de pequi, fonte de alimento e fundamental no ritual da furação de orelhas dos Waurá, estão sendo atacados por pragas que os xinguanos não conheciam. Preocupados, acreditam que vão passar fome no futuro, porque as plantações não vão resistir. E temem que as futuras gerações tenham que depender da comida dos brancos.
Cine Werá Tupã exibe filme "Por onde andam as andorinhas?"


Categorias: Setembro 2016
Tags: Cine, UFSC, Cinema
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