Quando: até 6 de dezembro
Onde: Helena Fretta Galeria de Arte
Endereço: Rua Presidente Coutinho, 532 - Centro
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/538220132947446

Abertura terça-feira, dia 25 de novembro, às 19 horas
Visitação até 6 de dezembro, de segunda a sexta, das 9h às 18h30 e aos sábados, das 9h às 13h

Inspirada numa vestimenta masculina, o casaco Chanel – criado em 1954 – é sinônimo de elegância feminina. Ao longo dos últimos 60 anos foi transformado em peça atemporal e poderia saltar para o passado e reinventar o figurino de mulheres de outras épocas. É o caso da exposição Se ela tivesse um casaquinho Chanel, em que a artista Regina Calainho veste figuras icônicas da pintura universal com o traje assinado pela estilista francesa.

Com abertura na próxima terça, 25 de novembro, às 19 horas, a exposição inaugura a Sala Novos Artistas da Helena Fretta Galeria de Arte. Afeita ao abstracionismo, desde que se decidiu pela arte, no início de 2000 em Brasília, nesta mostra em Florianópolis a carioca Regina Calainho apresenta cinco gravuras digitais, interferindo sobre obras do século 19 criadas por Édoaurd Manet, Pierre-Auguste Renoir, Francisco de Goya, James Tissot e Jacques-Louis David.

A série Se ela tivesse um casaquinho Chanel começou a ser criada a partir de Almoço na relva, de Manet, que escandalizou os parisienses no Salão dos Independentes em 1863. A moça da pintura impressionista acompanhada por dois cavalheiros em um piquenique está nua, mas é ; vestida por Regina apenas com o casaquinho. A abordagem da artista sugere uma leitura sobre a atemporalidade do traje e cria um foco sobre a mulher já que outros personagens estão em preto e branco e o fundo ganha uma cor única.

Com a lógica de que o casaco é uma peça que cada um pode reinventar à sua maneira, a artista também aplica o traje a personagens femininas de pinturas de O Camarote(1874), de Renoir; La Maja Vestida (1798), de Goya; Madame Récamier (1800), de Jacques Louis David; e On the Thames (1873), de Tissot. As gravuras são numeradas de 1 a 10 e vão ser comercializadas ao preço de R$ 1.250,00.

Regina é socióloga, nasceu no Rio de Janeiro e trabalhou no Ministério da Saúde, em Brasília. Participou de coletivas e estreou no Teatro Nacional com uma exposição de obras em expressionismo abstrato. Há quatro anos vive em Florianópolis.