Biblioteca Pública comemora aniversário com exposição e debate sobre literatura
Quando: 31 Maio 2017, quarta-feira, às 17 horas
Onde: Biblioteca Pública de Santa Catarina Endereço: Rua Tenente Silveira, 343 - Centro Quanto: Gratuito Em maio, a Biblioteca Pública de Santa Catarina, espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura no centro de Florianópolis, comemora seu aniversário de 163 anos de criação. Para marcar a data, a BPSC recebe o evento Literatura em Debate e a exposição do jornal O Correio do Povo, de Jaraguá do Sul, ambos com entrada gratuita. No dia de seu aniversário, 31 de maio, às 17h, a Biblioteca Pública de Santa Catarina será palco do debate com os escritores Amílcar Neves, Carlos Menezes, Fábio Brüggemann, Marco Vasques e Paulo Clóvis Schmitz. A participação é gratuita e deve ser confirmada mediante inscrição on-line no link bit.ly/literaturaemdebate Já a exposição itinerante Viajante do Tempo, promovida pelo jornal O Correio do Povo, de Jaraguá do Sul, segue aberta à visitação até 20 de junho no hall da BPSC. Com pesquisa das historiadoras Silvia Toassi Kita e Ellen Annusech Bona a mostra reúne anúncios publicitários veiculados durante os primeiros 50 anos do periódico (1919-1969), e organizados sobre quatro eixos temáticos: Propaganda é a alma do negócio, Lazer e Sociabilidade, Aparência e Saúde e Produção e Consumo. Por meio destes eixos, o visitante poderá entender as mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais que acompanharam o desenvolvimento da cidade de Jaraguá do Sul, tais como as negociações e transações imobiliárias, aluguel de animais (mulas e cavalos), os anúncios de empregos, a circulação nos bares, cinemas, cafés, os anúncios de remédios e aquisição de produtos (como bebidas, chapéus, tecidos e bicicletas). Além de anúncios publicitários impressos na Língua Portuguesa, o público visualizará anúncios na Língua Germânica, pois o jornal era editado nos dois idiomas durante as décadas de 1920 e 1930. O periódico O Correio d o Povo completou 98 anos de circulação no dia 10 de maio de 2017, sendo considerado o jornal mais antigo em atividade em Santa Catarina. A digitalização de toda a coleção do jornal já foi iniciada por meio da Hemeroteca Digital da BPSC, sendo que o primeiro lote envolvendo os anos de 1919 a 1940 será entregue em junho. Todas as edições serão colocadas à disposição de todo o público por meio da plataforma do projeto, disponível no endereço hemeroteca.ciasc.sc.gov.br Histórico A Biblioteca Pública de Santa Catarina foi criada em 1854, quando o então presidente da província, João José Coutinho, sancionou a Lei nº 373, em 31 de maio, mas somente em 9 de Janeiro de 1855 é que foi oficialmente inaugurada.Com base na sua data de criação, é possível supor que seja uma das bibliotecas mais antigas do Brasil. Operando no prédio atual desde 1979, a biblioteca conta, atualmente, com um acervo formado por títulos de diversas áreas do conhecimento, em suportes variados, além de uma coleção de periódicos e uma de obras raras. Sua missão consiste em manter, conservar e disponibilizar parte da memória cultural do Estado para a população catarinense e promover o hábito da leitura junto a ela. Sobre os escritores participantes: AMILCAR NEVES Nascido em 1947 na cidade de Tubarão, onde fez toda a formação escolar até entrar na faculdade, na Capital, a formação política no movimento estudantil secundarista (presidente da UET em 1 de abril de 1964) e a formação literária, com bastante leitura e a publicação de crônicas semanais distintas em dois programas de rádio. Graduou-se em Engenharia Mecânica na UFSC. Mais tarde, surgem crônicas semanais em O Estado (1978 a 1980), publicação de contos em jornais e revistas, o primeiro livro em 1979 e premiações em concursos literários. Hoje, já foram centenas de crônicas publicadas nas páginas do Diário Catarinense, de 2004 a 2014, e Revista do Avaí), e participação em mais de 20 coletâneas, alguns prêmios nacionais e no exterior, oito livros publicados, todos de ficção, e um processo judicial que retirou do mercado um desses livros, iniciando experiências com a edição de livros eletrônicos. Integra o Conselho Estadual de Cultura em fim de mandato e a Academia Catarinense de Letras (Cadeira 32) em caráter vitalício. MARCO VASQUES Poeta, contista e crítico de teatro. Formado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre e doutorando em teatro pelo Programa de Pós-Graduação em Teatro da Universidade Estadual de Santa Catarina - UDESC. É editor, com Rubens da Cunha, do Caixa de Pont[o] - jornal brasileiro de teatro e membro da International Association of Theatre Critics. colaborador de inúmeras revistas especializadas em teatro e literatura. É também editor do Ô Catarina!, jornal de cultura e arte da Fundação Catarinense de Cultura. Tem mais de 10 livros publicados, dentre eles a chamada Trilogia das Ruínas composta pelos livros de poemas Elegias Urbanas (Bem-te-vi, Rio de Janeiro, 2015), Flauta sem Boca (Letras Contemporâneas, Florianópolis, 2010) e Anatomia da Pedra & Tsunamis (Redoma Editora, 2014, Florianópolis). Também, pela Letras Contemporâneas, publicou o livro Moradas de Orfeu, antologia poética que reúne 59 poetas contemporâneos nascidos ou residentes no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. CARLOS HOLBEIN ANTUNES DE MENEZES Nascido no Ceará, foi morar no Rio de Janeiro quando tinha apenas cinco anos. Formou-se em Química e deu início a longa carreira no magistério. Após a aposentadoria, Carlos passou a dedicar seu tempo à literatura, que junto com cinema e o jazz são sua maior fonte de cultura e entretenimento. É autor do livro de crônicas, intitulado “Jazz, Cinema & Utopia” - DIOESC, 152 páginas - e foi o primeiro escritor contemplado no programa Cem Cópias Sem Custo. A obra traz textos sobre filmes e discos de jazz, nos quais Carlos conta uma determinada história e os filmes ou discos aparecem como pano de fundo. Segundo Carlos, a inspiração veio da experiência como editor de uma revista voltada para o segmento de áudio e vídeo. “Lá, comecei a escrever os primeiros artigos sobre cinema e sobre jazz”, lembra. No livro, o leitor é convidado a refletir acerca de temas comuns ao dia a dia de jovens e adultos. “Não há como separar o cotidiano dos textos, afinal, é o cotidiano que alavanca as emoções e são elas que impulsionam os textos, para todos os lados”, destaca Carlos. A familiaridade do autor com os universos literário e musical não é por acaso. Afinal, as influências da mãe (artista plástica), do pai (musicólogo) e do tio (escritor) foram fundamentais para sua formação cultural. “Tive a sorte grande de conviver com criaturas maravilhosas, que deixaram marcas profundas em mim, fazendo brotar o gosto pelas artes em geral, e, em especial, pelas letras”, explicou o autor, que planeja concluir seu segundo livro, de contos, até o final de 2017. PAULO CLÓVIS SCHMITZ Nasceu em Quilombo (SC), em 1957. Tem graduação em Letras/Português pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e é jornalista desde 1977, com ampla atuação na imprensa catarinense. Em 38 anos de carreira, trabalhou nos jornais “O Estado”, “Diário Catarinense”, “Indústria & Comércio”, “Notícias do Dia” e nas revistas “Cartaz” e “Revista do Varejo”. Ainda na ativa, é editorialista e repórter especial do jornal “Notícias do Dia”, e cronista semanal. Trabalhou em várias assessorias de imprensa, entre elas as da Secretaria de Estado do Turismo, Cultura e do Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, Shopping Center Itaguaçu, Colégio Barddal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC) e Universidade Federal de Santa Catarina. Também foi professor de Comunicação Comparada no curso de Jornalismo da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina), em Tubarão, nos anos de 1993 e 1994. Numa das passagens por assessorias de imprensa de órgãos de governo, na área da cultura, foi o organizador do livro Pequena história do Teatro Álvaro de Carvalho, com reedição, revista e ampliada, desta vez com sua autoria. Em 2001, fez parte do seminário e do livro Jornalismo cultural 5 debates, ao lado de José Castello, Cremilda Medina, Anelito de Oliveira e Regina Zilberman. Entre 1999 e 2002, dividiu com os escritores Flávio José Cardozo e Fábio Brüggemann a edição do jornal “Ô Catarina!”, da Fundação Catarinense de Cultura. Em 2008, com o fotógrafo Danisio Silva, publicou o livro Merca do Público e suas histórias, a partir de pesquisa e depoimentos de antigos fornecedores, lojistas e funcionários do Mercado Público de Florianópolis. Em 2010, lançou uma cartilha acerca do Arquipélago dos Açores voltada para as escolas públicas de Florianópolis, a partir de viagem feita para as ilhas açorianas e de uma série de reportagens publicadas sobre o tema no jornal “Notícias do Dia”. Também em parceria com Danísio Silva, publicou os livros Florianópolis Vista de Cima, Florianópolis vista do mar, Mercado Público de Florianópolis e suas histórias (2ª edição), Belezas ocultas de Florianópolis, Florianópolis vista de dentro, Florianópolis 180 graus, A poética da diversidade e Florianópolis em preto e branco. FÁBIO BRUGGEMANN Natural de Lages, em janeiro de 1962. É escritor, editor, diretor cinematográfico, dramaturgo e roteirista. Atua como Editor na Editora Letras Contemporâneas, desde 1994. Atuou como editor e roteirista das revistas Sesinho e Ladon C, de cinema. Foi colunista do Caderno de Variedades do jornal Diário Catarinense (2003-2013) e do Jornal A Notpicia (1995-1997). Repórter do caderno de cultura, depois cronista e editor do suplemento infantil O Estadinho, do jornal O Estado. Fundador, ex-diretor e ex-presidente do Conselho editorial da editora da UNIPLAC. Dentre seus livros publicados destacam-se: Dançando na Chuva (1985), Narcisa – poemas (1988), Homem aranha, novela com Joca Wolf (1989), Trnasporte- poemas (1989), A lenda do peixe-boi, em conjunto com Danuza Meneghello (1985), Música Revisitado (1991), A Lebre dói como faca de ouvido - novela (1996), Riomadrenses-contos(1999), Trilogia da angústia - dramaturgia ( 1999), História do Comércio no centro histórico de Florianópolis (2013); Fabulário dos Ilustres desconhecidos-contos(2009). |
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