Exposição e lançamento do livro "Almas do Brasil" retratam índios brasileiros
Quando: até 5 de dezembro
Onde: Terminal Rodoviário Rita Maria Endereço: Av. Paulo Fontes, 1101 - Centro Quanto: Gratuito Dia 21 de novembro, às 19 horas, no piso térreo do Terminal Rodoviário Rita Maria, acontecerá a abertura da exposição e lançamento do livro Almas do Brasil, que retratam índios brasileiros a partir de aldeias da Grande Florianópolis. Entrada gratuita. A exposição fica aberta à visitação gratuita até 5 de dezembro, das 13h30 às 18h. O índio retratado na sua mais pura essência. Uma lente foi o que aproximou a fotógrafa Maristela Giassi dos índios de aldeias da Grande Florianópolis e do Acre. As suas fotografias estarão na exposição “Almas do Brasil” e no livro homônimo. O projeto é um convite para despedir-se dos preconceitos e observar de perto a cultura indígena. Dão vida a exposição personagens da vida real, como o Pajé Wherá Tupã, que aos 108 anos irradia energia superior incomum; Kerexu Yxapyry, mulher poderosa, de pouca fala, que defende seu território com todas as garras que a natureza e a tecnologia lhe proporcionam; e Aline, menina de 18 anos, mãe, responsável pelo ritual temazcal em sua aldeia e que também auxilia sua mãe nos rituais do sagrado feminino. Todos conectados com a natureza e a espiritualidade, valores que fazem deles índios, pontua a artista. Indígenas de 5 aldeias foram fotografados: os das aldeias da Grande Florianópolis (SC) - M´Biguaçu, Aldeia do Amaral e Morro dos Cavalos, povoadas pelos Guaranis - e os das aldeias do Acre – Rio Jordão e Novo Segredo, da Etnia Kaxinawá (Huni Kuin). No total, são 16 telas, todas resultado de um trabalho usando a técnica “You Paint”- foto impressa em canvas com acabamento em pintura, técnica desenvolvida pela artista. “As imagens coloridas são a materialização dos meus sonhos de criança e os índios fazem parte desse mundo lúdico que se mantém vivo em meus trabalhos”, revela Maristela. A exposição já passou por Paris (Carrousel du Louvre, em outubro/2016), pelo Vaticano (Galeria La Pigna, em maio/2017), por Portugal (Bienal de Odivelas, em maio/2017) e por São Paulo (Inn Gallery, em outubro/2017). O projeto Almas do Brasil foi viabilizado através da Lei Rouanet. Livro Almas do Brasil A proposta inicial era um livro com uma coletânea fotográfica. Porém, na medida em que o trabalho se desenvolvia e novas informações sobre a cultura indígena chegavam ao conhecimento da fotógrafa - ainda que em doses homeopáticas, Maristela percebeu que era preciso estabelecer uma nova rota para o seu trabalho. “Eu tinha em minhas mãos um livro em branco que poderia ajudar um povo. Por isso resolvi escrever e colocar meu coração em cada página, em cada linha”, afirma. No relato dos indígenas e nas palavras da artista, revelações: “O Vale Maciambu era o local dos grandes cerimoniais indígenas... O rio Maciambu tem o poder de gerar novas e diferentes vidas no reino animal e vegetal. Novas espécies já foram catalogadas com a assessoria da Cacique, junto a órgãos especializados”. “Kerexu fala das inscrições rupestres que existem na área, até agora nunca descritas”. “Nunca quiseram demarcar territórios, porque a terra é a mãe de todos. Contrariando seus costumes e cultura, agora precisam demarcar as terras, para preservar sua história e visualizar um futuro”. O livro, com 96 páginas, capa dura e cerca de 40 fotos, terá distribuição gratuita de até 300 exemplares no dia de seu lançamento e abertura da exposição Almas do Brasil em Florianópolis. A publicação conta com tradução em francês, exigência do Governo Federal, tendo em vista que o projeto circulou na França. “Espero que esse grito de alerta seja ouvido. A natureza está ficando estéril, a terra pouco pode germinar. A arte na essência precisa ir além das cores, ela tem que estar viva em constante movimento para que as pessoas possam ver e ouvir. A arte deveria sempre fazer seu papel social”, reflete a artista. SOBRE MARISTELA GIASSI < br /> Mãe, filha e mulher. Nascida em Içara-SC-Brasil, passou sua infância escutando histórias de seus antepassados italianos que a transportavam nas longas asas da imaginação; dos oceanos revoltos à exaustiva travessia dos pesadelos de tempestades, na esperança de chegar à América tão sonhada. Formada em Serviço Social, pós-graduada em Gestão de Pessoas e Gestão de Supermercados. Compositora, pintora, fotógrafa, poetisa e empresária. Participou com seus trabalhos fotográficos no Carrousel do Louvre de Paris, no Vaticano, na Bienal de Odivelas, em Portugal. Fotógrafa premiada por academias de artes no Brasil e exterior. Participou de duas antologias poéticas. Embaixadora da Divine Academie Française des Arts Lettres et Culture, membro do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa e do Grupo de Poetas Livres de Florianópolis. Dedica-se a ações sociais nos presídios, nos hospitais psiquiátricos, no grupo de desaparecidos, entre outros. |
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Categorias: Dezembro 2017
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