MASC recebe exposição com 60 obras do pintor Silvio Pléticos e mais três mostras até abril
Quando: até abril
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica Quanto: Gratuito O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), considerado o segundo mais antigo do gênero no país e que completará 70 anos em 2018, receberá o mês de fevereiro revigorando a sua programação com quatro novos projetos. Entre eles, uma volumosa exposição do artista plástico Silvio Pléticos. Aos 94 anos, o pintor croata radicado em Santa Catarina desde a década de 1960 inaugura a sua individual a partir de quarta-feira, 7 de fevereiro, reunindo cerca de 60 trabalhos. Todas as ações abrem no mesmo dia, com visitação gratuita e livre até meados de abril (confira abaixo). Já o espaço Clarabóia receberá o projeto Namblá-Xokleng, da artista Mônica Nador, que repercutirá nas paredes do Museu o protesto pelo crime contra o professor e indígena Marcondes Namblá, assassinado na virada deste ano em Penha. O próprio MASC também marcará presença com uma nova mostra coletiva de esculturas do seu acervo. Nodu Vitaleapresenta 10 trabalhos tridimensionais de artistas como Elke Hering, Nicolas Vlavianos e Jorge Ferro. O quarto projeto, Por Uma Geografia da Proximidade, apresenta dois vídeos da artista Regina Parra: “7.536 Passos (por uma geografia da proximidade)” e “As Pérolas, Como Te Escrevi”. Ambos ficarão em exibição na Sala de Vídeos do Museu. Somam-se às quatro ações, outras duas remanescentes de 2017: a grande exposição Sensos e Sentidos – Coleção Jeanine e Marcelo Collaço Paulo e MASC 6X3: Eli Heil – Estou Voando. Estas duas se encerram no dia 25 de março. O MASC está localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC) e está aberto à visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 21h. Saiba mais sobre cada exposição: “Pléticos – Espaço, Geometria e Construção” Abertura: Dia 7 de fevereiro, 19h Visitação: de 8 de fevereiro a 4 de abril de 2018 Com curadoria de João Otávio Neves Filho, o Janga, o MASC inaugura no dia 7 de fevereiro uma exposição individual do artista Silvio Pléticos . Nascido em Pula, atual Croácia, Pléticos chegou a Florianópolis em meados dos anos 1960, depois de passar por Ribeirão Preto (SP) e Passo Fundo (RS) Aqui, segundo o curador, Pléticos se tornou um interlocutor para uma geração de artistas catarinenses interessada no campo da experimentação plástica, de novos conceitos e propostas, utilização de novos materiais e procedimentos. Esta exposição se centrará em pinturas desenvolvidas pelo artista a partir do fim dos anos 1960, quando começa a utilizar a técnica do esgrafiado, mas de uma forma original para alcançar os resultados que buscava. Estes trabalhos tornam-se sua marca registrada. A maioria dos trabalhos expostos pertence ao acervo do artista, além de oito obras da Coleção Collaço Paulo e dois painéis do acervo do Clube 12 de Agosto, em Florianópolis, e que estão sendo restaurados especialmente para esta exposição. “Nodu Vitale – Esculturas e Objetos do Acervo do MASC” Abertura: 7 de fevereiro, 19h Visitação: de 8 de fevereiro a 4 de abril de 2018 A exposição Nodu Vitale apresenta dez trabalhos tridimensionais pertencentes ao acervo do Museu de Arte de Santa Catarina, dos artistas: Ana Norogrando, Amélia Toledo, Berenice Gorini, Canabarro, Doraci Girrulat, Elke Hering, Kini Nii, Nicolas Vlavianos, Suely Beduschi e Jorge Ferro. O título da exposição faz menção ao modo como este último nomeava suas esculturas e instalações, de modo a aproximar o conjunto de obras do acervo ao ritmo e esforço com que muitos artistas se dirigem ao campo expandido da arte, propondo a convergência de matéria e simbolização, com cosmologias, cosmogonias e tradições. Clarabóia #4: “Mônica Nador e JAMAC: Namblá Xokleng” Abertura: 7 de fevereiro, 19h Visitação: de 8 de fevereiro a 8 de abril de 2018 A quarta edição do programa Clarabóia do MASC recebe o projeto Namblá Xokleng. O título do projeto, realizado por Mônica Nador e JAMAC, inscreve na agenda do Museu sua manifestação contra o assassinato de Marcondes Namblá, indígena da Terra Ibirama-La Klãnõ, situada no município de José Boiteux, no Vale do Itajaí. Assassinado na madrugada do dia 1º de janeiro de 2018, em Penha, Namblá era das poucas figuras responsáveis pelo ensino da língua Xokleng na região. Mônica Nador desenvolve sua produção desde 1980, integrando a geração de artistas que passaria a problematizar o espaço da pintura na cena artística. Sua dissertação de mestrado, Paredes Pinturas, sob orientação de Regina Silveira, apontava para o trabalho que, anos depois, seria realizado em seu projeto de grande fôlego, o JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube), fundado em 2004. Trata-se de um espaço de práticas colaborativas, responsável por alargar noções de autoria e contribuir ativamente para a expansão do campo da arte. Entre as principais exposições e bienais de que a artista participou, destacam-se Como vai você geração 80? - Parque Lage Rio de Janeiro (1984), Bienal de São Paulo (1993 e 2006), Bienal de Havana (2004), Bienal de Sydney, (2004), Bienal de Gwangju - Coréia (2012), Bienal de Lubumbashi – República Democrática do Congo, (2015), Museu de Antióquia, Medellín, Colômbia, 2016. O Museum of Art of Toyota realizou um projeto com Mônica Nador e o Jamac, em 2008. Em 2010, a Pinacoteca do Estado de São Paulo organizou uma exposição panorâmica de sua obra, intitulada Pintura de exteriores. “Regina Parra: Por Uma Geografia da Proximidade” Abertura: 7 de fevereiro, 19h Visitação: de 8 de fevereiro a 13 de abril de 2018 Composta por dois vídeos, a mostra de Regina Parra no MASC apresenta tentativas de encontro e proximidade com estrangeiros que escolheram viver no Brasil. Em, “7.536 Passos (por uma geografia da proximidade)”, a artista caminha do marco zero da cidade de São Paulo em direção a uma comunidade de bolivianos, situada em bairro vizinho. O numeral que intitula o vídeo faz referência aos passos percorridos até o encontro dos imigrantes, grande parte trabalhadora em regime de escravidão. O vídeo foi premiado e comissionado pelo V Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco (Recife, Pernambuco). A segunda obra da exposição é intitulada “As pérolas, Como Te Escrevi”. Realizado em terreno árido, o vídeo reúne imigrantes de países como Argentina, Bolívia, Colômbia, Congo, Guiné e Peru, todos residentes ilegais no Brasil. Em uma ação para as câmeras que aproxima ritmos e sotaques variados, todos leem um trecho de Mundus novus, carta escrita pelo italiano Américo Vespúcio. Na carta, que começa descrevendo a gente encontrada, Vespúcio afirma que "foi tanta a multidão dela, mansa e tratável" que o lugar assemelha-se ao paraíso. Também seguem no espaço até 25/03 as exposições: "Sensos e Sentidos" e "MASC 6X3: Eli Heil – Estou Voando" Visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 21h. |
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