Feira de Orgânicos Viva a Cidade
Quando: todos os sábados, das 9 às 13 horas
Onde: Largo da Alfândega - Centro Quanto: Gratuito Com diferencial em segurança alimentar e promoção da saúde, a Feira de Orgânicos Viva a Cidade será retomada na manhã deste sábado (13) no Largo da Alfândega, centro de Florianópolis. Como atesta o fiscal do Ministério da Agricultura Eduardo Antônio Ribas Amaral, desde o início da feira, "há toda uma preocupação de que os produtores sejam certificados, que esteja tudo em ordem. É uma feira caracteristicamente da nossa região e que tem uma confiabilidade muito grande”. Junto ao também fiscal agropecuário federal Francisco Van de Casteele, ele participa desde agosto do ano passado das reuniões de formulação e implantação da feira, que ocorriam na CDL Florianópolis e no Mercado Público da Capital. Na última reunião do coletivo da feira, Amaral garantiu que Santa Catarina é uma das três unidades da Federação onde há monitoramento da produção orgânica de alimentos. Ainda assim, em Pernambuco, o controle está limitado à cidade de Recife e, no Distrito Federal, a Brasília. "Só no nosso Estado há monitoramento em todo o território, com 1.122 amostras feitas em três anos pelo pessoal da Cidasc. São mais de 300 amostras por ano, desde o Extremo-Oeste até o Litoral, 60% das amostras coletadas com produtores e 40% no comércio. É bem seguro este programa e chega a ser uma referência mundial, poucos lugares fazem uma coisa tão criteriosa como Santa Catarina”, garantiu. Francisco Van de Casteele explicou que o índice de conformidade para produção orgânica em Santa Catarina é de 94%. Os 6% restantes são objeto de investigação. "Nem sempre se trata de fraude, o uso de agrotóxicos num vizinho pode causar algum tipo de contaminação”, exemplificou. O que é importante, segundo ele, é que na maioria dos laudos, se a produção fosse convencional estaria dentro dos padrões adequados de consumo. "Em 1% ou 2%, realmente se comprova fraude, caso em que a pessoa é autuada, tem prazo para defesa e penalidades que vão de advertência até apreensão”, tranquilizou o fiscal. "Quem trabalha sério não tem medo de fiscalização" Para o feirante Anderson Romão, do coletivo de Biguaçu, a confiabilidade é o foco da relação entre o produtor orgânico e o consumidor. "Quem trabalha sério e certo não tem medo de fiscalização; ao contrário, quer que aconteça para tirar aproveitadores do circuito”, comentou. Por isso, indicou, o preço do produto orgânico reflete não só o custo do produção, mas todo serviço ambiental que a produção agroecológica oferece à população. Para tornar esse produto mais acessível, acrescentou Romão, são fundamentais as feiras como a Viva a Cidade, porque fazem o circuito curto de produtos e a venda direta, diminuindo o preço em relação aos supermercados, por exemplo. "A feira tem sido um fator importante de viabilidade econômica para as famílias de agricultores orgânicos de Biguaçu”, apontou Romão. Sem agroindústrias, o grupo antes contava apenas com o mercado institucional de produtos para merenda escolar. Já são dez feirantes no Largo da Alfândega A Feira de Orgânicos Viva a Cidade reúne dez feirantes com produção da Grande Florianópolis até a Serra Catarinense. Além disso, possui dois estandes voltados à educação ambiental e ao manejo dos resíduos orgânicos, com comercialização de composto e de minhocários. Além da presença dos fiscais do Mapa, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação de Promoção da Saúde, participa da feira com orientações sobre nutrição e cuidados alimentares. A Feira de Orgânicos Viva a Cidade oferece hortifrútis in natura e produtos orgânicos processados, como pães, biscoitos, geleias, molho de tomate, farinha, arroz, mel, caldo de cana e frango. Agora, há novidades como frutas vermelhas in natura (morango, framboesa e mirtilo) e congeladas (amora, mirtilo, framboesa, morango e mix). Em Florianópolis, de acorco com o presidente da Comcap, Marius Bagnati, já há mais uma dezena de agricultores em processo de certificação pelo Mapa. Como é a feira A feira de produtos orgânicos (livres de defensivos agrícolas e cultivados com responsabilidade social e ambiental), ocorre todos os sábados, das 9 às 13 horas, no centro de Florianópolis. É uma ação da Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Executiva de Serviços Públicos (SESP) e Comcap, em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis, Ministério da Pecuária e Abastecimento (Mapa) e organizações privadas, como a Procomposto, e colaborativas que trabalham com recuperação de resíduos orgânicos e com produção e comercialização de produtos agroecológicos. |
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Categorias: Julho 2017
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