Quando: 04 Abril 2014, sexta-feira, às 20 horas
Onde: Bosque do CFH da UFSC, Cine Paredão
Quanto: Gratuito Evento no FB: www.facebook.com/events/520054384782334
O dia que durou 21 anos
de Camilo Tavares, Doc, 2011, 78min, Brasil, Cor, 12 anos
O Cine Paredão retorna as suas atividades para o ano de 2014, o sexto ano de projeto. Neste mês de Abril será dedicado à lembrança de 50 anos do Golpe Militar de 1964. Todas as sextas-feiras do mês será exibido um documentário que fale sobre esse período tão conturbado de nossa sociedade, buscando mostrar outros lados do movimento autoritário que amedrontou o país em uma época marcada pela censura aos meios de comunicação e de violenta repressão política por meio do militares no poder.
O Cine Paredão relembra os 50 anos do Golpe Militar, começando com o documentário "O Dia que Durou 21 Anos” dirigido pelo diretor mexicano Camilo Galli Tavares, sobre a participação do governo dos Estados Unidos na preparação, desde 1962, do golpe de estado de 1964, no Brasil. O filme tem como ponto de partida a crise provocada pela renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, e prossegue até o ano de 1969, com o sequestro do então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, por grupos armados. Em troca de sua libertação, 15 presos políticos são soltos e posteriormente banidos do país. Um deles, o jornalista Flávio Tavares, 27 meses depois de se radicar na Cidade do México, seria pai de Camilo, o cineasta cujo nome é uma homenagem a
o padre católico e guerrilheiro colombiano Camilo Torres, morto em 1966.
O golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos e acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. Além da limitação da liberdade de opinião e expressão, de imprensa e organização, naquela época tornaram-se comuns as prisões, os interrogatórios e a tortura daqueles considerados suspeitos de oposição ao regime, comunistas ou simpatizantes, sobretudo estudantes, jornalistas e professores. Nesses 50 anos dessa violenta ruptura institucional, não há absolutamente nada a comemorar. Não há vencedores, nem vencidos.
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