Cine Filosofia exibe filmes Heliorama (2004) e Tropicália (2012)
Quando: 07 Maio 2014, quarta-feira, às 19 horas
Onde: Mini-Auditório do CFH, UFSC Quanto: Gratuito Evento no FB: www.facebook.com/events/1448994855339379 e-mail: thor.verass@gmail.com O Cine Filosofia apresenta nesta quarta-feira, 7 de maio, a partir das 19h, a mostra Tropicália, com exibição dos filmes Heliorama (2004) e Tropicália (2012), no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). A sessão é aberta ao público, com entrada gratuita, e conta com comentário de Flávia Cera, doutora em Teoria Literária pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura (PPGL) da UFSC. O cine-filosofia, projeto mensal do centro acadêmico de filosofia, adquire neste ano caráter quinzenal e absorve a temática provocativa que iniciamos ano passado com a realização do I Encontro de Filosofia Oriental. Desta vez na forma audiovisual de guerrilha epistêmica, procuramos questionar os sentidos de uma filosofia em nosso espaço histórico-geográfico latino-americano. A programação conta com exibição de filmes, documentários e curtas que retratam filosofias e diferentes formas de pensamento produzidas nos trópicos. Neste ciclo, haverá discussões específicas que dão voz a saberes sujeitados, de conhecimentos que constituem um pluri-verso, em que a racionalidade tem vários modos de funcionamento e modelos operacionais distintos que são construídos em contextos culturais específicos. Influenciados pela “virada ontológica” de “nossa” filosofia, foi dividido o ciclo em dois módulos: filosofia canibal e filosofia de fronteira, que propõem um exercício de reconhecimento de múltiplas perspectivas, abaixando a guarda da luneta do colonizador para termos contato filosófico através da experiência pensante prática de encontro com o Outro. Confira a programação completa do Cine Filosofia! /// Tropicália Direção: Marcelo Machado. 2012. 87 min. Documentário Com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa. Riqueza de material de arquivo inédito, pesquisa apurada e depoimentos esclarecedores fazem a diferença ne ste documentário. Um dos movimentos culturais mais festejados da história brasileira, o tropicalismo durou pouco. Entre 1967 e 1968, Caetano Veloso e Gilberto Gil, dois dos maiores expoentes, lançaram canções de vanguarda que, diferentemente de outras músicas da época, criticavam o período militar de uma forma mais anárquica e pop. O auge se deu no disco Tropicália ou Panis et Circensis. Além de Gil e Caetano, a obra reuniu Gal Costa, Tom Zé, Os Mutantes, Nara Leão, a poesia de Torquato Neto e Capinam e os arranjos de Rogério Duprat. O movimento se estendeu ao cinema novo de Glauber Rocha e ao teatro de José Celso Martinez Corrêa. O mesmo se deu no campo da crítica, com a Poesia Concreta dos irmãos Campos e de Décio Pignatari. Foram os concretistas que apoiaram o movimento à primeira hora. Por meio deles, os compositores chegaram à poesia e à filosofia antropofágica do modernista Oswald de Andrade De uma forma envolvente e criativa, o documentarista Marcelo Machado (sócio nos anos 80 de Fernando Meirelles na produtora Olhar Eletrônico) relembra passo a passo do surgimento do tropicalismo: dos festivais da Record ao exílio de Caetano e Gil, em Londres, por meio de imagens tiradas do baú. Trata-se, portanto, de um amplo e rico painel musical e visual, tratado sem preguiça nem presunção. /// Heliorama Diretor: Ivan Cardoso. 2004.14 min. Documentário/Experimental Com Antonio Manoel, Caetano Veloso, Carlinhos do Pandeiro, Dom Pepe, Haroldo de Campos, Helio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Waly Salomão. Comentários: Flávia Cera é psicanalista, doutora em Teoria Literária, com tese sobre a poética corporal/ambiental de Hélio Oiticica. Co-editora do Sopro e da Cultura e Barbárie. Uma curiosa montagem que reúne cinejornais, trailers, clipes e outros fragmentos inéditos e visionários (de som e imagem) do saudoso artista plástico HÉLIO OITICICA. /// "Um poeta desfolha a bandeira e a manhã tropical se inicia resplandente, cadente, fogueira num calor girassol com alegria na geléia geral brasileira que o jornal do brasil anuncia.” Gilberto Gil e Torquato Neto |
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