Espetáculo de dança Belle, da Cia de Dança Deborah Colker
Quando: 16 e 17 de julho, às 21 horas
Onde: Teatro Ademir Rosa (CIC) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica Evento no FB: www.facebook.com/events/528402800621230 Os ingressos custam R$120 inteira e R$60 meia-entrada O espetáculo de dança Belle, da Cia de Dança Deborah Colker terá duas apresentações no Teatro Ademir Rosa dias 16 e 17 de julho, às 21h. A Cia de Dança Deborah Colker traz ao palco imagens plenas de sensualidade, com a participação de bailarinos com alta precisão, agilidade e controle dos movimentos. O espetáculo é livremente inspirado em Belle de jour, livro do escritor franco-argentino Joseph Kessel, lançado em 1928, e que também foi base para o filme A bela da tarde (1967), de Luís Buñuel. A leitura do romance seduziu Deborah em 2011, pouco depois da estreia de seu espetáculo anterior, Tatyana, também inspirado em uma obra literária. A temática de Belle, porém, está mais associada a outros balés da coreógrafa: Nó (2005) e Cruel (2008). Paixão, amor e desejo são o que movem Nó e Cruel. E marcam todos os passos de Belle, mas com doses ainda mais fortes de sensualidade. O erotismo nunca esteve tão presente no trabalho de Deborah. "O ser humano é muito erótico, mas a vida faz com que a gente fique se blindando contra algo que nos pertence”, diz ela, que ressalta ter sempre "interesse por quem anda fora dos trilhos”. Para a coreógrafa, a divisão entre amor e desejo, razão e instinto não diz respeito a uma personagem isolada, mas a qualquer ser hu mano. "Essa mulher se divide entre duas servidões. Esta é uma questão humana, de todos nós”, afirma. O tema é fundamental na obra de vários artistas, como Nelson Rodrigues (1912-1980), que trata dele em suas peças e o resume numa de suas famosas frases: "A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no limite, na implacável fronteira”. "As paixões humanas não passam dos meios que a natureza utiliza para atingir os seus fins”, escreveu Sade, crítico das restrições morais e religiosas ao comportamento dos homens. O primeiro ato de Belle vai da insatisfação no casamento à chegada ao bordel. O segundo se passa todo no bordel, com bailarinas trocando as sapatilhas por sapatos de salto alto. "Ela nunca tinha ido a um bordel, então fica imaginando. Na verdade, toda a história pode se passar na cabeça dela. Tudo pode ser uma fantasia”, diz Deborah. A coreógrafa decidiu dividir Séverine e Belle. Elas são vividas por bailarinas diferentes, como se fossem personagens distintas. A segunda é a extravazão do desejo contido na primeira. "A Belle dentro de Séverine é tão forte que merecia um físico diferente, pois em dança tudo se traduz no corpo. A atitude contemporânea é a ausência da fórmula”, diz Deborah. A trilha sonora não tem nada de clássica, ao contrário do que ocorreu em Tatyana. Há Miles Davis, Velvet Underground e música eletrônica feita por Berna Ceppas. Para João Elias, diretor executivo da Cia. Deborah Colker, Belle aborda um tema que traduz a maioridade do grupo, cuja trajetória está completando 21 anos. "Mostra o amadurecimento da Deborah e da Companhia. É preciso matar um leão por dia, mas estamos aprendendo a ser uma instituição forte”, diz. Ingressos à venda através do site http://www.blueticket.com.br, loja blueticket no beiramar shopping e na bilheteria dos Teatros Alvaro de Carvalho, Pedro Ivo e Ademir Rosa |
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Categorias: Julho 2014 Tags:
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