Quando: 05 Setembro 2014, sexta-feira, às 20 horas
Onde: Teatro da Ubro
Endereço: Escadaria da Rua Pedro Soares, 15 – Centro
Quanto: R$30 inteira e R$15 meia-entrada
Evento no FB: www.facebook.com/events/697205290362743

O Tungo acaba de gravar seu primeiro disco em parceria com o selo Biscoito Fino. O disco conta com composições, arranjos e participações de Maurício Carrilho e Jayme Vignoli, direção musical de Jayme Vignoli e músicas e arranjos dos próprios integrantes.

Música de raízes e asas

O velho Kant - ele mesmo, o alemão - dizia que a arte de educar é dotar as crianças de raízes e asas. As raízes, para que elas não se esqueçam de onde vem. As asas, para que elas tenham a liberdade e a ousadia de voar para onde bem entenderem. Ouvir o grupo Tungo nos remete ao que disse o filósofo. Se alimentando das raízes fecundas da mais alta tradição da música do Brasil, o choro, a rapaziada do Tungo alça voos surpreendentes, saindo da aldeia para vislumbrar um mundo de sonoridades libertadoras.

O bate-bola entre sax (Gaia), bateria e percussão (Thiago Kobe), contrabaixo (Mayo Pamplona), violão de sete cordas (João Souto), cavaco (Bernardo Diniz), flauta

(Jeferson Souza) e clarinete (Frederico Cavaliere), parece coisa da seleção brasileira de 1958, aquela que tinha o toque de classe de Didi, a categoria de Pelé, a segurança de Zito e a ginga sincopada de Mané Garrincha.
Capitaneados pela Gaia - que teve a ideia inicial de tocar uns choros inusitados -, Thiago, Bernardo, Mayo, João, Frederico e Jeferson apimentam de ousadias as diabruras compostas e arranjadas por Jayme Vignoli e Maurício Carrilho, duas entidades da melhor música do Brasil. Além das composições dos mestres, as obras da rapaziada do grupo apontam, também, para um horizonte de sonoridades surpreendentes.

Com o aval de Jayme e Maurício, o Tungo alcançou o sentido mais profundo da grande arte: partiu das praias do choro e foi além, honrando a música instrumental do Brasil e nos reconciliando com a beleza do que pode ser o mundo.