Exposições individuais Temporárias 2014 no Masc
Quando: até 23 de novembro
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica Quanto: Gratuito Conversa com as artistas: 1º de outubro, às 17h30min Abertura 1º de outubro, às 19h30min Visitação até 23 de novembro, de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingos e feriados, das 10h às 19h30min. Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) convida para a abertura das Exposições Temporárias 2014, dia 01 de outubro, quarta-feira, às 19h30, precedida de Conversa com artistas às 17h30. É a primeira temporada do edital de Exposições Temporárias, contemplando nessa ocasião quatro artistas nacionais com exposições individuais, compartilhando o espaço de 1092m², dedicado às exposições temporárias no Masc. Os visitantes terão oportunidade de apreciar diferentes técnicas e olhares dentro do campo das Artes Visuais. A mostra fica aberta à visitação gratuita até 23 de novembro de 2014. As artistas e as exposições: • Betânia Silveira, de Santa Catarina, com "Tellus” - vídeo, instalação e performance; • Denise Camargo, do Distrito Federal, com "E o Silencio Nagô Calou em Mim” - fotografia; • Fernanda Valadares, do Rio Grande do Sul, com "À Beira do Vazio” - pintura encáustica; • Rosana Mariotto, de São Paulo, com "Desiderium” - objeto, desenho e gravura. Tellus - Betânia Silveira A ceramista catarinense Betânia Silveira apresenta sete trabalhos, intitulados Tellus 1, Tellus 2, Rastros de Ações, Amuletos da Prosperidade, Talismãs, Aceita o presente? e Tellus-Metrópolis. No total, estarão expostas 1 mil pequenas peças feitas a partir de uma performance na qual a artista aperta o barro com as mãos. Betânia tem como referência a instalação Gesto Arcaico, apresentada pela artista contemporânea carioca Celeida Tostes na XXI Bienal de São Paulo, no ano de 1991, na qual 20 mil formas de barro com as marcas de diferentes mãos unidas ocupavam uma parede da exposição. Betânia é professora no curso de Artes Plásticas na Escola Guignard (UEMG), doutora em Artes Cênicas (2 014) pela Udesc, investigando performance e teatralidade com a argila e a cerâmica como processo de borda e lugar de negociação, fronteira entre artes plásticas e cênicas. Mestre em Poéticas Visuais (ECA/USP - 2007); especialista em Cerâmica pela (UPF/RS - 1997). Em 2009 recebeu Menção Honrosa na Bienal Internacional de Cerâmica Artística em Aveiros, Portugal. E o Silêncio Nagô Calou em Mim - Denise Camargo A mostra de fotografias desconstrói estereótipos atribuídos à herança afro-brasileira. O projeto expográfico inclui textos poéticos da fotógrafa Denise Camargo, trilha sonora composta especialmente para a exposição, vídeo tudo com ferramentas que permitem a acessibilidade aos deficientes visuais. As lentes da premiada fotógrafa e pesquisadora focam a cultura afro-brasileira ao entrar no espaço mítico-ritual do candomblé, revelando o processo de criação da artista no território sagrado dos ritos de matriz afriana. A curadoria é de Diógenes Moura, escritor, editor, roteirista e curador de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1998 e maio de 2013. Moura endossa que a exposição reforça o debate contemporâneo sobre a diversidade étnica e cultural do Brasil como um patrimônio imaterial, desconstruindo visões errôneas e estereotipadas, tão recorrentes, sobre a realidade afro-brasileira. O trabalho coloca em circulação, de maneira inédita, ideias sobre um objeto artístico geralmente renegado à invisibilidade. Acessível aos deficientes visuais e ao público de todas as camadas sociais, a coletânea contempla, ainda, um programa de audiodescrição das imagens que auxiliará a visita de públicos cegos. Eles receberão atendimento da equipe de mediadores do programa educativo, especialmente capacitados pelas ações de acessibilidade do projeto, garantindo a fruição das obras durante o percurso expositivo. A paulistana Denise Camargo é jornalista graduada pela ECA-USP e p ós-graduada pela Universidade de Navarra, mestre em Ciências da Comunicação (ECA-USP) e doutora em Artes (IA-Unicamp). Deu aulas nos cursos de graduação e pós-graduação em Fotografia do Centro Universitário Senac. Morando desde 2009 em Brasília, Denise se dedida a criar exposições, curadorias, publicações e produtos socioculturais que exploram questões de identidade e têm na imagem fotográfica sua razão de ser. Em 2013 foi contemplada pelo Prêmio Brasil Fotografia para o desenvolvimento da série Memórias da espuma rosa; e a publicação da tese Imagética do candomblé: uma criação no espaço mítico-ritual, de onde emergiu a exposição E o silêncio nagô calou em mim. À Beira do Vazio - Fernanda Valadares A pintora Fernanda Valadares utiliza a técnica da encáustica, um processo lento que remonta à Antiguidade, para compor suas obras. Camada por camada, ela aplica a cera de abelha, base do pigmento, do qual resulta o adensamento da pintura. A artista começou a usar a técnica nos anos 1990, mas só em 2007 passou a adotá-la como rotina. Em suas obras, observamos imagens de ambientes que mostram suas estruturas, como colunas e vigas aparentes, com linhas e planos que criam a ilusão de um espaço tridimensional. Nascida em São Paulo, onde fez bacharelado elicenciatura pela Faculdade Santa Marcelina, Fernanda vive desde 2007 em Porto Alegre (RS), onde começou a desenvoulver a pesquisa sobre pintura encáustica. Vive e trabalha nessa cidade, onde faz mestrado em poéticas visuais pelo Instituto de Artes (UFRGS). Desde então, teve trabalhos selecionados para o I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea, 64º Salão de Abril/CE e 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. Participou de exposições coletivas importantes, entre elas os 20 anos do MAC/RS. À Beira do Vazio é a sua quarta exposição individual. Desiderium - Rosana Mariotto Desiderium é um projeto qu e se iniciou em 2001 e foi finalizado em 2011. O trabalho "matriz” consta de 30 peças realizadas em prata, bronze e cobre, em diversas técnicas como fundição e forja. Partindo dele, todos os outros trabalhos foram gerados. O primeiro é um desenho realizado com grafite sobre a parede, utilizando as próprias peças como gabarito. O segundo é um conjunto de 24 desenhos sobre papel, executados a partir da observação destes objetos. A etapa final deste projeto é uma série com doze gravuras realizadas com processo de incisão direta sobre a chapa de cobre. A concepção inicial do projeto teve por base uma pesquisa em torno da joalheria antiga e étnica, onde as joias impregnadas de valor simbólico representam mais que um adorno. As formas destas peças evocam o sexo feminino e o seu significado. Rosana Mariotto é graduada em Licenciatura Plena em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e é mestre em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Participou de várias exposições tanto individuais como coletivas em galerias e instituições em diversas cidades do Brasil. É professora nas faculdades de artes visuais da FAAP, da Faculdade Santa Marcelina e do Centro Universitário Belas Artes. Ministra também uma oficina de escultura em cerâmica no Sesc Pompéia, em São Paulo. |
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Categorias: Novembro 2014
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