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9ª edição do Gerações Masc conversa sobre Harry Laus com jornalista Néri Pedroso



Quando: 16 Dezembro 2015, quarta-feira, às 16h30min
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)
Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/1508494646146036

No dia 16 de dezembro, às 16h30min, a 9ª edição do projeto Gerações Masc - Museu em Movimento terá a participação da jornalista Néri Pedroso, que atua no jornal Notícias do Dia, onde assina a coluna Mosaico e escreve sobre artes visuais. Com o título "O Homem dos Despertadores”, o encontro irá enfocar Harry Laus (1922-1992), na sala que leva o nome do crítico de arte e escritor, localizada no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. Entrada gratuita.

O bate-papo com o público revisitará a trajetória de Harry Laus. A jornalista apropria-se do título "O Homem dos Despertadores”, do artigo do crítico Louis Soler, publicado em 1991 na revista espanhola Confluências, nº 2, no qual ele analisa "As Horas de Zenão das Chagas” (ed. Mercado Aberto/1987), uma das mais importantes obras do catarinense. "Embora o livro atenha-se aos atributos do escritor, em analogia, é possível pensar Laus como um despertador nas artes visuais do Estado. Ele fez muito. Dedicou 16 anos de sua vida, em favor do que ele definiu como 'consciência global de nossa classe artística, madura e apta para enfrentar salões nacionais e bienais'. Tentarei, de modo simples e sucinto, mostrar um pouco do ele fez. A ideia é refrescar um pouco a memória e estimular depoimentos da plateia”, explica Néri.

Ao ser convidada para integrar a Academia Catarinense de Letras e Artes (Acla), em sessão realizada no dia 4 de dezembro, a jornalista indicou como patrono Harry Laus, que conheceu em 1989 e com quem se comunicava sobretudo por meio de correspondências (cartas).

A programação é promovida pela FCC, por meio do Núcleo de Ação-Educativa (NAE) do Masc, em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS/SC).

Sobre Harry Laus

Nascido em 1922 em Tijucas, o crítico de arte e escritor Harry Laus deixou um expressivo legado para Santa Catarina no campo da Literatura e das Artes Visuais. Homem de diferentes atributos, serviu ao Exército Brasileiro de 1946 a 1964, sendo transferido para a reserva no posto de tenente-coronel.

Como escritor, publicou 12 livros, entre romances, novelas e contos. Traduzido na França, consagrou-se com "Monólogo de uma Cachorra sem Preconceitos”, "As Horas de Zenão das Chagas” e "Os Papéis do Coronel”. No campo das artes, escreveu o "Indicador Catarinense das Artes Plásticas”, valiosa fonte de pesquisa.

Depois de morar em mais de 40 cidades do Brasil, retornou ao Estado em 1976 como um dos críticos de arte mais respeitados do país, carreira na qual começou em 1961. Atuou em revistas, como a Veja e Senhor, além dos jornais Correio da Manhã, Jornal do Brasil, Diário de São Paulo, A Notícia e Diário Catarinense.

Profundo articulador, com conhecimento descobriu talentos, aproximou pessoas, produziu pensamento crítico, alavancou autoestimas. Promoveu panoramas, retrospectivas, perspectivas, como denominava as mostras que fazia questão de levar para outros Estados do Brasil. Integrou a Associação Brasileira de Críticos de Arte e a Associação Internacional de Críticos de Arte.

Laus dirigiu o Museu de Arte de Joinville, entre 1980 e 1982; e o Museu de Arte de Santa Catarina, entre 1985 e 1987, e de 1989 até a sua morte, em Florianópolis, em 1992. In memoriam, foi homenageado em 1993 ao dar o seu nome a uma sala especial climatizada do Museu de Arte de Santa Catarina e, em 1997, recebeu a Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa.

Sobre Néri Pedroso

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria, no jornalismo cultural editou por quase dez anos, em dois períodos distintos, o caderno "Anexo”, do jornal "A Notícia”. Em 2008, criou e implantou o caderno Plural, do Notícias do Dia, onde atualmente assina a coluna "Mosaico” e escreve sobre artes visuais. É au tora do livro "Hassis” e "Coletiva de Artistas de Joinville: Construção Mínima de Memória”. No campo institucional, é fundadora do Instituto Luiz Henrique Schwanke, entidade que presidiu entre 2012 e 2014. Integra o conselho consultivo do Instituto Meyer Filho e a Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). É autora da grande reportagem "O Longo Caminho da Arte”, publicada em "Construtores das Artes Visuais – 30 Artistas de Santa Catarina em 160 Anos de Expressão”. É autora da pesquisa do documentário "À Luz de Schwanke”.

Entre 2006 e 2008, atuou como jornalista responsável pelo site de arte contemporânea Net Processo. Integrou conselhos editoriais de periódicos, como a revista virtual de crítica e arte-educação do Museu Victor Meirelles "um ponto e outro" e o jornal "Ô Catarina!”. Fez a apresentação e revisão dos livros "Fragmentos – Construção II Imagem-acontecimento” e "Processos Pulsáteis”, organizados por Sandra Makowiecky e Rosângela Miranda Cherem. É um dos verbetes do Indicador Catarinense das Artes Plásticas, publicação da Fundação Catarinense de Cultura. Como microempresária, atua de diferentes modos com experiência na condução de projetos avalizados em editais na esfera federal, estadual e municipal.
9ª edição do Gerações Masc conversa sobre Harry Laus com jornalista Néri Pedroso


Categorias: Dezembro 2015
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