Espetáculo "1717" da Dois Pontos Cia de DançaTeatro abre o Baila Floripa 2016
Quando: 21 Abril 2016, quinta-feira, às 20h30min
Onde: Teatro Ademir Rosa (CIC) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica Quanto: R$40 inteira e R$20 meia-entrada Evento no FB: www.facebook.com/events/779494892156751 Com o espetáculo “1717”, a Dois Pontos Cia de DançaTeatro abrirá a 15ª Mostra de Danças de Salão de Florianópolis – Baila Floripa, no dia 21 de abril, às 20h30, no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC). A obra tem como tema Nossa Senhora Aparecida, cuja a imagem foi encontrada em outubro de 1717 no rio Paraíba do Sul, região de Guaratinguetá (SP), e que se tornou o primeiro ícone religioso nacional. A escultura de 40 centímetros em terracota, enegrecida pela ação da água, foi içada em duas partes – o corpo e depois a cabeça – pela rede de pescadores que rogavam à Virgem Maria êxito nas suas funções fora da temporada. Unidos os pedaços, a pesca se fez farta e o acontecimento foi considerado a primeira intercessão da santa, posteriormente aclamada padroeira do Brasil. A devoção perpetuada há quase 300 anos instigou os diretores Alexandra Klen e Ricardo Tetzner a desenvolverem este trabalho de dança-teatro, que é a primeira montagem da companhia fundada em janeiro de 2015, na capital catarinense. Para transpô-la ao palco, eles a coreografaram em quatro atos: “Anunciação” (a feitura em barro da mãe de Jesus e sua aparição no rio), “Peregrinação” (fé a caminho do santuário ou de si mesmo), “Pedidos e Agradecimentos” (profusão de milagres) e “Destruição e Coroação” (tempestade de pecados e a nova rainha). “1717” estreou no ano passado, dia 12 de outubro – data dedicada às celebrações em homenagem à Nossa Senhora Aparecida –, na nave da Catedral Metropolitana de Florianópolis. A apresentação aberta ao público foi a primeira de um número de dança naquele local. Além da abertura do Baila Floripa, agora a Dois Pontos prepara-se para exibir o espetáculo na Itália, no próximo 12 de outubro, a convite do Collegio Pio Brasilliano, instituição que todos os anos reúne a comunidade diplomática do Brasil em Roma e na Santa Sé nessa data. A iniciativa tem patrocínio institucional do Conselho Pontifício da Cultura do Vaticano, que nunca havia chancelado uma atração brasileira. Diversidade e inclusão Uma pesquisa meticulosa foi empreendida para imergir a plateia nessa história que envolve arte, religiosidade e cultura popular. Ora em grupo, ora em duos, sete bailarinos são conduzidos durante 67 minutos por uma trilha sonora enriquecida por composições de Chico Buarque a Vivaldi. O cenário, projetado para o caráter itinerante de “1717”, é minimalista e baseado nas peças do figurino criadas com técnicas de tear pela artista plástica Clara Fernandes, e traz também uma grande tela de construção que envolve o palco e os dançarinos. Segundo Tetzner, “são características alinhadas com a temática do espetáculo: simplicidade, esforço e construção”. A coreografia costura vários estilos, como samba, danças urbanas, forró e ainda o improviso com jogos teatrais, refletindo a diversidade cultural das cidades brasileiras, de todos os tamanhos e regiões, que já ouviram falar de Nossa Senhora Aparecida. “A expectativa é de que o alcance e o impacto gerados sejam bastante significativos”, salienta o diretor. Para incluir as minorias linguísticas no espetáculo, o elenco conta com uma tradutora e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), que faz parte do contexto e da composição coreográfica. Todos os bailarinos também aprenderam um pouco desta forma de comunicação. Conforme Alexandra, “é nos detalhes que a companhia manifesta sua missão de educar e inovar através da arte, além de seus valores, como a diversidade”. Ricardo Tetzner Bailarino de dança de salão desde 2005, com vivência na Kirinus Cia de Dança (SC), Mimulus Cia de Dança (MG), Sala B Corpo Escola de Dança (MG) e Ballet Jovem Palácio das Artes (MG). Apresentou-se em festivais por todo o Brasil, na França (Festival des Arts Multiples de Marseille/2011) e na Itália (Oriente/Occidente Festival International de Roceretto/2012). No Ritmo a Dois, concurso nacional de dança de salão em Joinville, conquistou o 1º lugar na categoria dança de salão – samba (2008) e o 1º lugar na categoria dança de salão – salsa (2009). Venceu o Baila Duo, campeonato de duplas promovido pelo Baila Floripa, em 2012. Foi diretor, coreógrafo e bailarino da Andantes Cia de Dança de 2012 a 2014. É diretor da Dois Pontos Cia de DançaTeatro e assina a direção geral e artística do espetáculo “1717”. Alexandra Klen Graduada e doutorada em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), trabalhou na Alemanha como pesquisadora convidada, de 1991 a 1994. Realizou pós-doutorados na Alemanha e na Espanha. É consultora de gestão empresarial e gestão da inovação no Brasil e em diversos países da América Latina e da Europa. Entusiasta da cultura, iniciou seus estudos na dança de salão em 2005 e, desde o ano seguinte, dedica-se ao tango, aprofundando sua formação nessa área. Frequentou cursos e especializações no Brasil e no exterior. É diretora da Dois Pontos Cia de DançaTeatro, sendo responsável pela direção geral e artística do espetáculo “1717”. Ficha técnica Conceito e pesquisa: Dois Pontos Cia de DançaTeatro Criação (elenco 2015): Alexandra Klen, Aline Mombelli, Arthur Fernandes, Juliana Querino, Leonardo Reis, Natália Rigo e Ricardo Tetzner Elenco 2016: Alexandra Klen, Arthur Fernandes, Eliza Moritz, Juliana Querino, Leonardo Reis, Natália Rigo e Ricardo Tetzner Tradução e interpretação em Libras: Natália Rigo Obras de arte: Clara Fernandes Figurinos: Janete Oliveira Cenografia: Alexandra Klen e Ricardo Tetzner Vestido de arame: Josiane WVieira, Gabriel Werlich, Kariny Cândido e Lara Lodi Iluminação: Dayane Ros Edição de som: Alexandre Green Fotografia: Andre Maia, Alan Patrick Rajá e Vanessa Soares Audiovisual: Hermínio d’Avila Asse ssoria de comunicação e design gráfico: Angelita Corrêa Direção geral e artística: Alexandra Klen e Ricardo Tetzner Duração: 67 minutos Recomendação etária: livre Venda de ingressos: bilheterias dos teatros Ademir Rosa (Agronômica), Álvaro de Carvalho (Centro) e Pedro Ivo (Saco Grande), nas academias conveniadas à Acads (www.acads.org.br) e com integrantes da Dois Pontos (ciadoispontos@gmail.com ou 48 9115-4645) |
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Categorias: Abril 2016
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