Mostra de Filmes Japoneses exibe clássico de 1953 "Era uma vez em Tóquio"
Quando: 29 de novembro de 2016, às 16 horas
Onde: Espaço Físico Integrado (EFI), UFSC Quanto: Gratuito Informações: tel (48) 99191-5516 e-mail: gisele.orgado@gmail.com O projeto Mostra de Filmes Japoneses dará continuidade à exibição de obras cinematográficas japonesas, com seleções que incluem desde longas de animação aos clássicos. O próximo filme a ser apresentado será "Era uma vez em Tóquio" (Tōkyō Monogatari), obra clássica lançada em 1953 pelo diretor Yasujiro Ozu. O filme ganhou diversos prêmios e é considerado pela crítica cinematográfica como um dos melhores filmes já produzidos. A sessão será no dia 29 de novembro, terça-feira, às 16h, na UFSC, no Espaço Físico Integrado – EFI, na sala 403 (anexo aos blocos modulados do CFM), com entrada franca, e contará com comentários após a exibição. Sobre o filme: “Era Uma Vez em Tóquio” apresenta como tema principal o drama familiar, conduzido com uma sutileza ímpar. Yasujiro Ozu torna o melodrama não somente aceitável e real, mas o aprofunda em um nível de reflexão como poucas vezes se viu na história do cinema. O filme esteve por diversas vezes na lista dos 50 melhores filmes de todos os tempos do British Film Institute. Pouco difundido no Brasil, o filme poderia ser tratado como uma meditação sobre o tempo ou a velhice, mas Ozu levanta questões sobre as relações humanas e aprofunda o questionamento do que seria, de fato, uma família. Através de sua técnica peculiar com filmagens lentas, em plano de câmera baixa e quase imóvel durante as cenas, o diretor traz nas primeiras cenas um cotidiano absoluto, de um casal de idosos que vive em uma cidade do interior e resolve visitar seus filhos em Tóquio. O encontro se aprofunda em um abismo entre as gerações. Da vida rural somos conduzidos ao Japão da sua metrópole — um lugar de vazio e impessoalidade, em que todos estão sempre muito ocupados e preocupados com suas vidas particulares. Vivendo em um Japão dos anos posteriores à derrota da guerra, há em curso um processo acelerado de ocidentalização. Antigos costumes convivem com novos, mas essa convivência não se dá de forma simétrica. A devoção pelos pais continua presente, sem dúvida, mas deve atender às conveniências de uma sociedade em rápida transformação, na qual tempo é dinheiro. O filme ganhou uma refilmagem de Yoji Yamada em 2013, com o título de Uma Família em Tóquio (Tōkyō Kazoku), além de ter inspirado a diretora alemã Doris Dörrie, em 2008, a produzir Kirschblüten – Hanami. |
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Categorias: Novembro 2016
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