Exposição "Amazone-se" da artista Kassia Borges
Quando: até 29 de outubro
Onde: Espaço Oficina/Galeria Estúdio e Centro de Artes (Ceart), Udesc Quanto: Gratuito Evento no FB: www.facebook.com/events/1864183420563258 Informações: tel (48) 99962-6914 e-mail: barbotinacremosa@gmail.com A artista Kassia Borges, professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), promove na quarta-feira, 4 de outubro, uma palestra de abertura para sua exposição “Amazone-se”, que inaugurará em outubro em Florianópolis. O encontro será às 19h na Sala de Cerâmica do Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e nele a artista apresentará sua pesquisa de doutorado realizada na UFAM, em que investiga o trabalho de mulheres ceramistas da comunidade de Mocambo do Arari (AM). A palestra integra a programação do evento que conta também com encontro com a artista, no dia 6 de outubro, às 19h no Espaço-Oficina de Florianópolis, onde Kassia apresenta uma instalação de 300 barcos de madeira decorrente da sua vivência nas águas do Estado do Amazonas. A exposição ficará aberta para visitação até 29 de outubro. 04/10, às 19h - Palestra com Kassia Borges Palestra sobre a pesquisa de doutorado realizada pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM, onde a artista investiga o trabalho de mulheres ceramistas da comunidade de Mocambo do Arari-AM, distante de 25h de barco de Manaus. ONDE: Sala de Cerâmica da Udesc Ceart, Av. Madre Benvenuta, 1907, Itacorubi, Florianópolis/SC. QUANTO: Gratuito e aberto ao público. 06/10, às 19h - Encontro com a artista e vernissage 06/10 - 29/10 - Exposição Amazone-se ONDE: Espaço-Oficina/Galeria-Estúdio, Rua São Brás, 42, Cacupé, Florianópolis/SC. QUANTO: Gratuito e aberto ao público. Agendamentos para visitas pelo telefone (48) 99962-6914. Sobre a artista: Kassia Borges possui graduação em Educação Artística pela Universidade Federal de Uberlândia, mestrado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutorado em andamento em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. Atualmente é coordenadora do laboratório de Cerâmica na Universidade Federal do Amazonas. Sobre a artista, po r suas próprias palavras: Cavar, esvaziar, modelar, subtrair, expor, mostrar o que se aparenta, o que se assemelha. Aparentemente algo aparece e algo desaparece. O inefável não aparece, é o invisível, a arte é visível, é dizível, revela o que está por dentro das coisas o seu interior e o seu exterior. O inefável é o que se manifesta. Como posso dizer, “aquilo que se manifesta”. “Aquilo” é um pronome demonstrativo. Eu não posso dizer algo que se manifesta isso é nefasto e funesto dissescreveu Witgenstein. O artista capta problemas humanos existentes, recria-os por meio de sua arte e também inventa outros intrínsecos a seu fazer. Meu conceito central está ligado a minha origem. A origem como princípio em dois sentidos, pois ela retorna ao início de um acontecer histórico. A origem é também um tema da arte, que a representa e a suscita e a compreender como um mito original – como “a origem do mundo” de Courbet. Buscando uma origem eu questiono igualmente identidade e autonomia. Quem é o artista numa época onde se dilui a significação não somente das obras de arte, mas também da arte em si mesma, em uma espécie de identidade transitória. Buscar as origens do meu eu é uma possibilidade de me encontrar ou de encontrar as coisas que se perderam hoje em dia, quando a identidade individual ou das minorias sociais se esvaziam num mundo globalizado, ainda capitalista, onde tudo é descartável. Minha prática é ritualizada, pois que o meu ritual seria uma estratégia teológico-estética para me realizar ou ao menos me apoiar. Ou mesmo nos compreender. A argila como material primordial nos faz pensar de que somos feitos e se encontra no meu fazer do seguinte modo: uma peça depois da outra, um dia depois do outro. O emprego da fotografia no meu trabalho é, ao mesmo tempo, testemunha da “realidade” e uma distanciação, uma distorção desta, como uma “segunda” realidade, e se justifica em plena sintonia com o conceito de rito, central na minha obra. Os desenho s são influenciados por um simbolismo baseado nos temas mitológicos, nas magias, na prática dos rituais e os arquétipos. O mito e o medo avançam juntos e o iluminismo cientifico não alcança o superado. Um pensamento primitivo (o meu, como pensamento do bom selvagem, não é ingênuo) ele serviu e serve depois dos séculos como explicação plausível da vida ou da morte. Assim, tenho uma série de desenhos que foram feitos com os vermes da carne mergulhados no nanquim negro que se deixam morrer sobre a superfície branca do papel. A apresentação formal da minha obra se faz através da linguagem da instalação. A instalação é montada como meu trabalho se insere no espaço e entra em relação com esse. A proposição é a constituição tripartite: sujeito-obra- espectador. E nós devemos pensá-la como obra enquanto totalidade resultante da relação entre a coisa instalada, o espaço constituído por sua instalação e o próprio espectador. Kássia Borges. |
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Categorias: Outubro 2017
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