Camerata Florianópolis interpreta Glinka, Brahms e Dvořák
Quando: 18 Junho 2015, quinta-feira, às 20 horas
Onde: Teatro Ademir Rosa (CIC) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica Quanto: R$40 inteira e R$20 meia-entrada Evento no FB: www.facebook.com/events/657645084368799 Ingressos antecipados (até 17/06) R$30 inteira e R$15 meia-entrada A Camerata Florianópolis, com regência do maestro Jeferson Della Rocca e produção de Maria Elita Pereira, apresenta dia 18 de junho, quinta-feira, mais um concerto da Temporada 2015, no Teatro Ademir Rosa (CIC). No programa Sinfonia No9 "do Novo Mundo" de Dvorák, Abertura da ópera Ruslan e Ludmila de Glinka, a belíssima Abertura Trágica de Brahms e dança Húngara No 5!! Programa imperdível! O concerto conta com o patrocínio da WOA Empreendimentos Imobiliários e Tractebel Energia, e apoio da Intelbras, Enercan e Lei de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura. Este será o último concerto da orquestra no CIC neste primeiro semestre. A Camerata fecha esta primeira etapa do ano com concertos no interior do Estado e com a gravação de seu CD "CAMERATA IN JAZZ”. Abertura da Ópera "Ruslan e Ludmila” Mikhail Glinka Abertura Trágica, Op. 81 Johannes Brahms Dança Húngara N. 5 Johannes Brahms Sinfonia " Do Novo Mundo”, N. 9 em Mi menor, Op. 95 Antonín Dvořák SOBRE O PROGRAMA A ópera Ruslan e Lyudmila, em cinco atos, foi composta por Mikhail Glinka entre 1837 e 1842. É baseada em poema de mesmo nome de Alexander Pushkin. Nos dias de hoje, a parte mais conhecida da ópera é a sua abertura, que consiste numa música vibrante, de passagens muito rápidas exigindo técnica apurada por parte da orquestra. No verão de 1880, Johannes Brahms estava na cidadezinha de Bad Ischl, escrevendo uma Abertura sinfônica para responder à homenagem prestada a ele pela Universidade de Breslau, a chamada "Abertura Festiva". De impulso, resolveu criar a "Abertura Trágica" como antagonista à outra, "uma sorri e a outra chora" ele comentou. Contrariamente à prática tão comum de seus contemporâneos do Romantismo, não há nada a associar a esta Abertura, como peça literária ou história de pano-de-fundo. Brahms, o partidário da "música pura", deixou claro que "não tinha em mente nenhuma tragédia específica". Ao seu editor, ele escreveu que "não poderia esconder a satisfação de escrever algo assim, já que minha alma é tão melancólica". De fato, a Abertura é mais dramática que trágica. Trata-se de uma obra sinfônica cheia de intenção dramática, um pós-Classicismo que o liga diretamente a Haydn, onde o conteúdo trágico aparece envolto na elegância do discurso sinfônico de enaltecimento próprio daquele compositor. Na Viena da metade do século XIX, proliferavam conjuntos ciganos itinerantes fixando residência nas praças e tavernas de Viena, tocando sua música melancólica, porém soberbamente espirituosa. Brahms, um grande admirador da música húngara, teve um de seus primeiros contatos com esse tipo de música ainda jovem, aos 19 anos, quando acompanhou ao piano o violinista húngaro Ede Reményi numa turnê. Vê-se diretamente tal influência nas Danças Húngaras. Elas formam um conjunto de 21 Danças, originalmente para piano a quatro mãos, com a maioria de seus temas musicais baseados em canções ciganas da época. A Dança Húngara nº5, sem dúvida, é a mais popular de todo este conjunto de danças. Após ganhar três vezes, na década de 70, o concurso "Austrian State Stipendium”, o compositor tcheco Antonín Dvorák despertou a atenção de Brahms e em 1877 recebeu ajuda do compositor para a edição de algumas de suas obras na Alemanha (Desde então, os programas de concerto de todo o mundo passaram a colocar em destaque o nome de Dvorak). Em meados de 1892 Dvořák esteve a trabalho nos Estados Unidos. Assim que pisou em solo americano, Dvořák ficou deslumbrado com o novo mundo que se erguia à sua frente, com a nova cultura e os novos sons e ritmos que ecoavam pelas ruas do até então desconhecido ambiente. Esses aspectos influenciaram diretamente na sonoridade de sua nova criação, que tornou-se depois a sua obra mais conhecida, a Sinfonia nº 9 em Mi menor, opus 95 – "Do Novo Mundo”. O segundo movimento, um dos temas mais conhecidos da música erudita, é de grande beleza e serenidade. Com um solo de co rne inglês, apresenta o motivo principal da obra, inspirado num poema de Longfellow intitulado O Canto de Hiawatha (1855), que fala da morte de Minnehaha. Inicialmente intitulado "Lenda” tornou-se o tema mais conhecido desta sinfonia pelo seu caráter nostálgico e onírico. Com reminiscências celtas, trazidas pelos imigrantes irlandeses que colonizaram o Far West, esta melodia tornou-se popular nos Estados Unidos como a canção Going home. A Nona Sinfonia estreou no dia 16 de dezembro de 1893, no Carnegie Hall, interpretada pela Filarmônica de Nova Iorque, sob a regência de Anton Seidl. Em sua estreia, o fim do 2º e 4º movimento foi marcado pelo entusiasmo do público, que foi à loucura e ovacionou o compositor. Ele mesmo diz em uma de suas cartas a seu editor em Berlim: "O sucesso da Sinfonia foi magnífica! Os jornais dizem que nunca um compositor teve tamanho triunfo [...] o público aplaudiu tanto que me senti como um rei em meu camarote" . A composição está impregnada dos sons das músicas dos negros americanos – o segundo tema do primeiro movimento invoca o "spiritual” Swing low sweet chariot – temas indígenas e música folclórica tcheca. O compositor que já era muito respeitado em toda a Europa quando chegou aos EUA em 1892, e habituado com as diversas escolas musicais da Áustria, Alemanha e ao movimento nacionalista dos criadores da nova música russa, húngara e tcheca, desafiou os músicos americanos a criar o estilo musical de seu país baseando-se na melodia dos negros e dos índios. Em uma de suas cartas a seu editor também disse: "Estou convencido de que o futuro da música deste país deve ter como base as melodias dos negros. Estas devem ser a base de uma séria e original escola de composição a ser desenvolvida nos EUA. Estes belos e variados temas são produto da alma, são as raízes da América e os vossos compositores devem voltar-se para eles”. Apesar de ter uma visão romantizada e estereotipada dos negros e dos índios, o maior legado de Anton Dvorák à América foi ter tido a intuição de que a música dos negros seria a música americana do futuro. Sua teoria lhe valeu uma série de críticas. O compositor não chego u a ver que uma música afro-americana chamada jazz se tornaria a futura escola musical americana. Na missão espacial Apollo 11, Neil Armstrong (primeiro homem a pisar na lua), levou uma gravação da "Sinfonia do Novo Mundo”. A CAMERATA FLORIANÓPOLIS fundada em 1994 pelo maestro Jeferson Della Rocca, desde 1998 conta com a produção executiva de Maria Elita Pereira. Este ano realiza sua 22ª Temporada de Concertos, marcadas por ininterruptas atividades e ocupando sistematicamente um importante espaço na agenda cultural da capital de nosso Estado. A orquestra, sempre voltada às questões sociais, contribuiu para a democratização do acesso a espetáculos eruditos (projeto Concertos nas Comunidades e Turnês pelo interior de Santa Catarina) e implantou os projetos educacionais Educando com Música e Música e Cidadania. Obteve grande êxito em seus concertos por diversas cidades da Europa (França, Espanha, Alemanha e Itália) e de outros estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais). Participou das óperas Carmen de Bizet, Cavalleria Rusticana de Mascagni, A Flauta Mágica, As Bodas de Fígaro e O Empresário de Mozart, Rigoletto e La Traviata de Verdi, Elisir D’Amore de Donizzetti, La Serva Padrona de Pergolesi e O Barbeiro de Sevilha de Rossini. Além do repertório camerístico que trouxe grande reconhecimento à orquestra, nos últimos 13 anos vem se destacando também pelo trabalho sinfônico, interpretando primorosas obras como a integral das Sinfonias e Concertos para Piano e Violino de Beethoven; A Criação de Haydn; Requiem, Concertos e diversas Sinfonias de Mozart; Missas e os principais Concertos para Violino do repertório sinfônico; estreia de mais de 30 obras compostas e dedicadas especialmente para a orquestra; além de Aberturas e Árias de ópera. Na música popular, tem em seu repertório programas de Música Popular Brasileira, Jazz, o espetáculo ROCK`N CAMERATA (sucesso absoluto de público em Florianópolis) e Música Eletrônica (em parceria com o ELEKFANTZ). Gravou dez CDs e um DVD, entre os quais: Clássicos com Energia, O Amante do Girassol de Daniel Lobo, Tributo à Música Popular Brasileira, Edino Krieger (Prêmio Natura Musical), Santa Catarina (Alberto Heller e Kleber Alexandre) e Música de Natal de Aldo e Edino Krieger. Gravou trilhas para vídeos institucionais e para o filme Ensaio de Tânia Lamarca. Nestea no foi convidada pela Fundação Catarinense de Cultura para graver o CD 250 Anos da Irmandade Senhor Jesus dos Passos. Reconhecida ainda pela valorização da arte popular, formação de plateia, aperfeiçoamento contínuo dos artistas locais e incentivo à composição erudita contemporânea. Dentre outros, recebeu em 2011 o Prêmio Franklin Cascaes de Cultura da Prefeitura Municipal de Florianópolis e em 2012 a Medalha Mérito Cultural Cruz e Souza do Governo do Estado de Santa Catarina. Produção Executiva: MARIA ELITA PEREIRA Direção Artística: JEFERSON DELLA ROCCA |
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