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Projeto Filmes de Economia debate "Torre de Marfim" (Ivory Tower, 2014)



Quando: 25 Setembro 2015, sexta-feira, às 16 horas
Onde: Centro Socioeconômico (CSE), UFSC
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/1530695730553829

O projeto de extensão Filmes de Economia realiza uma sessão baseada no documentário Torre de Marfim (Ivory Tower, 2014 ), nesta sexta-feira, 25 de setembro, das 16 às 18h, no auditório do Centro Socioeconômico (CSE) da UFSC. Na primeira hora, serão exibidos trechos do documentário, e, na sequência, haverá comentários do professor Julian Borba, do departamento de Sociologia e Ciência Política e atual pró-reitor de Graduação. Entrada franca. Será emissão de certificado de participação para os presentes.

Sinopse: Ao invés de uma apologia das universidades americanas, o documentário Torre de Marfim trata dos problemas das universidades e dos estudantes universitários americanos. O filme mostra também as estratégias para superar esses problemas, desde marketing agressivo e promoção de festas até o uso massivo de tecnologia e experiências alternativas à universidade tradicional.

Porque vale a pena assistir o documentário Torre de Marfim (de Prof. Wagner Leal Arienti):

Apesar de sua origem desde a época medieval, a universidade é uma instituição que não somente fez a transição para a modernidade mas também tornou-se matriz da modernidade ao concentrar e difundir o conhecimento a ser aplicado nas sociedades modernas. Portanto, como símbolo da modernidade, a universidade é mais do que uma instituição, é um valor a ser preservado pelas sociedades que se consideram civilizadas e progressistas. Nesta visão, a universidade é inquestionável.

Questionar a universidade no concreto não significa questionar o valor da educação no seu nível universitário, mas sim refletir sobre a atualidade da universidade em cumprir seu papel perante a modernidade contemporânea. Qual modelo de universidade dará continuidade ao seu papel moderno de produzir e difundir o conhecimento nas sociedades contemporâneas? Será a universidade da erudição, da disciplina, da competição, do envolvimento ou da diversão? Quais os melhores meios a disposição da universidade: a reprodução do passado, o uso da tecnologia, a responsabilidade do pagamento de taxas e do endividamento ou a liberdade total, até a liberdade de não estudar? Estas questões, que ainda não foram introduzidas no debate brasileiro, dado o tabu de que qualquer prática educacional é sagrada, são discutidas no documentário sobre a crise nas universidades americanas, Torre de Marfim.

A partir do princípio utilitarista de que nada é gratuito, nem almoço, nem educação, se coloca a questão de comparação entre custos e benefícios. No caso do estudante americano, o cálculo deve ser privado pois deve pagar taxas anuais para as universidades e, na maioria dos casos, se endivida para cobrir este custo. Então, vem a questão, será que o benefício futuro compensa o custo financeiro presente e o endividamento no início de sua vida profissional? O que as universidade têm a oferecer para convencer estudantes jovens e suas famílias a assumirem compromisso financeiro que pesa sobre seu futuro? As universidades têm que convencer que darão uma formação educacional, cultural e de preparação para o futuro próximo. Para isto estão em competição feroz. Quais as estratégias das universidades para atrair estudantes e ter vantagens nesta competição feroz? A diversidade de estratégias universitárias é mostrada no documentário. Quem vencerá esta corrida ainda está em aberto.

De um lado, o documentário coloca a questão se vale a pena fazer tanto sacrifício de tempo e de dinheiro, e endividamento, para conseguir o diploma, que a maioria não consegue no tempo esperado de quatro anos, o que aumenta as despesas. De outro lado, apresenta as estratégias das universidades para convencer de que vale a pena não apenas em termos de cultura erudita e democrática mas também em termos de apresentação individual ao mercado. O interessante é ver que as universidades amer icanas utilizam de várias recursos, e com marketing agressivo, desde construções grandiosas e luxuosas, possibilidades de lazer e divertimento, neste caso as festas são um atrativo, até o uso massivo de tecnologia.

Ao invés de ser uma apologia à grandiosidade das universidades americanas, o que seria tradicionalmente esperado, o documentário é sobre os dilemas contemporâneos, primeiro, dos jovens em idade de fazer sua opção por continuar seus estudos na universidade e ter que fazer uma avaliação dos benefícios futuros de assumir um custo tão alto no presente. Segundo, das universidades que tem que aceitar a redução de financiamento público, cobrar taxas dos alunos e desenvolver estratégias, em contexto altamente competitivo, para atrair alunos. Mostra, portanto, dilemas enfrentados por universidades e estudantes universitários americanos.

Por fim, cabe perguntar. E as universidades e os estudantes universitários brasileiros não enfrentam o mesmo dilema? Vão bem, obrigado? Não está em boa hora para discutir alguns temas apresentados no documentário? Torre de Marfim não dá respostas, mas coloca boas questões.
Projeto Filmes de Economia debate "Torre de Marfim" (Ivory Tower, 2014)


Categorias: Setembro 2015
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