Quando: 26 Agosto 2017, sábado, das 18h30 às 21h
Onde: Escadaria do Rosário
Endereço: Rua Marechal Guilherme, 60 - Centro
Quanto: Gratuito

Reduto que marca a presença dos negros em Florianópolis, a escadaria do Rosário passa a receber rodas de samba de raiz, semanalmente, conduzidas pela velha guarda musical da Escola de Samba Dascuia. A iniciativa, que contempla também a realização de uma feira de artesanato no mesmo local, tem como objetivo promover a ocupação cultural do espaço que tradicionalmente é ligado à ancestralidade africana.

A primeira edição do projeto Sexta Cultural ocorreu na sexta-feira, 14 de julho, das 18h30 às 21 horas, com apresentação de cantores e instrumentistas da agremiação verde e rosa, além de participação especial do músico André Calibrina.

Coordenado pelo Instituto Wilma Garcia, o projeto conta com apoio da Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Juventude e da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. A proposta é integrar a escadaria ao circuito musical que já existe no Centro Histórico da cidade, às sextas-feiras, estimulando a formação de um corredor cultural diversificado e acessível a diferentes públicos.

Caçula entre as escolas de samba do grupo especial do carnaval de Florianópolis, a Dascuia surgiu em 2011, a partir do bloco organizado na comunidade do morro do Céu, na região do Maciço do Morro da Cruz. A velha guarda foi formada em 2015, contando atualmente com 35 integrantes, dos quais 20 atuam na ala musical. O grupo divulga o samba de raiz e a própria história da agremiação.

Cultura Negra

Além das apresentações de samba, a escadaria do Rosário também está abrigando a Feira Afro-Artesanal de Florianópolis, que acontece todas as terças-feiras, das 10 às 17 horas. Semanalmente, o espaço recebe barracas padronizadas onde são comercializados produtos decorativos, utilitários e gastronômicos associados à temática afro-brasileira.

As duas iniciativas visam à ocupação territorial do local que dá acesso à Igreja da Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, proporcionando maior visibilidade aos saberes e fazeres da população negra. O projeto também busca o reconhecimento da contribuição desse segmento ao desenvolvimento econômico, cultural e social da capital catarinense. Pretende ainda fortalecer e valorizar a cultura de matriz africana, a exemplo do que já ocorre em relação à matriz europeia, com destaque para a cultura açoriana, bastante difundida em Florianópolis.