Quando: 16 Março 2014, domingo, às 20 horas
Onde: Teatro da UFSC – DAC
Endereço: Praça Santos Dumont, 117 - Trindade
Quanto: R$10 inteira e R$5 meia-entrada
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
Duração: 50 min
O Teatro da UFSC recebe a peça Brain Storm – com texto e atuação de Alyne Arins e direção de Mário Rebouças – nos dias 14, 15 e 16 de março, de sexta a domingo, às 20 horas. A apresentação integra o projeto Cena Aberta do Departamento Artístico Cultural (DAC), da Secretaria de Cultura da UFSC. Os ingressos custam R$10 inteira e R$5 meia-entrada. A bilheteria abre uma hora antes do inicio do espetáculo.
"Brainstorm”, além de uma expressão que significa Tempestade Cerebral, é também uma técnica utilizada para fins de exploração de ideias isentas de pré-julgamentos ou autocríticas.
Inspirado livremente na biografia e obra da escritora Clarice Lispector, o texto de Alyne Arins nos provoca a pensar sobre o ato de escrever e o processo de criação intrínseco a ele.
Ao estilo original da escritora-personagem somam-se as expressões da atriz, seus estudos acerca da filosofia e da literatura contemporâneas e suas impressões em relação às questões mais profundas do eu; o que, na sua interpretação, o espetáculo revela — na personagem da escritora — o ser humano genuíno, destituído e liberto de todas as convenções de comportamento e pensamento, alternando momentos de extrema angústia com auges de serenidade.
Assim, entre a loucura e a genialidade, nossa personagem segue viagem rumo às regiões mais insondáveis do ser, envolvendo a plateia numa aura de intensa subjetividade através da livre expressão de seus sentimentos e desejos mais íntimos.
Sinopse de Brain Storm
A personagem central do espetáculo é a escritora Clarice Lispector submersa em seu universo autoral. Ao entrar e sair de dentro de sua literatura, transforma seu cotidiano em obra de arte. Intempestiva e intensamente conduz o público para um mergulho no ato de criação.
Brain Storm é em suma um texto de cunho filosófico e, por que
não dizer, metalinguístico uma vez que trata do processo de criação e da escrita propriamente. Nele, a personagem central, na figura de uma escritora da contemporaneidade como Lispector, Virgínia Woolf, Sarah Kane entre outras, se mostra como um ícone de representação de uma visão artística do mundo. O enredo se desenvolve na medida em que a personagem expressa, por meio de uma linguagem altamente subjetiva, a sua incessante busca por respostas para alguns de seus questionamentos em relação à literatura, gêneros, mentiras e verdades referentes à existência humana em si.
Sobre Alyne Arins
Com 18 anos de experiência artística, Alyne Arins é paulistana e iniciou seus estudos em teatro no extinto Teatro-Escola Cláudio Melo. Ao longo do tempo integrou como atriz-pesquisadora cinco diferentes grupos sendo fundadora de duas companhias no interior de São Paulo: Cia. Quanta de Teatro e Cia. Solo de Teatro. Sua formação recebeu influências de grandes artistas e grupos entre eles: NAC (Núcleo de Artes Cênicas) sob a direção de Wagner Nacarato, Grupo XPTO, Grupo Performático Éos, Tiche Vianna, Jefferson Primo, Ruy Cortez entre outros. Atualmente reside em Florianópolis e além de atriz-pesquisadora realiza trabalhos como arte-educadora.
Projeto Cena Aberta
Como tem ocorrido nas três últimas décadas, o Teatro da UFSC, do Departamento Artístico Cultural (DAC), da Secretaria de Cultura (SeCult), continua abrindo suas portas para as produções teatrais de Florianópolis e de Santa Catarina. O Projeto Cena Aberta vem reforçar o caráter de socialização do espaço do teatro com a classe artística da cidade, como vem promovendo nos últimos trinta e quatro anos, o intercâmbio artístico e cultural entre a universidade e a comunidade.
O projeto visa estimular e incentivar a produção teatral e artística catarinense, bem como tornar a produção cultural local acessível à comunidade, com a cobrança de um valor de bilh
eteria simbólico.
"O Cena Aberta no ano de 2013 fez com que um dos importantes aparatos de Cultura da Universidade Federal de Santa Catarina, o Teatro do UFSC, mantivesse um diálogo entre a UFSC e a comunidade, com a apresentação de peças produzidas tanto na Universidade quanto pelos grupos e companhias da comunidade catarinense”, relembra a coordenadora do projeto, Carmen Fossari.
Os grupos são selecionados por uma equipe de profissionais de teatro do Departamento Artístico Cultural. Os critérios de seleção dos grupos contemplam a sua trajetória na área da produção teatral, o caráter investigativo da pesquisa cênica e o reconhecimento de seus espetáculos pela comunidade e públicoem geral. Aescolha dos grupos visa mostrar as diferentes formas da linguagem espetacular, como o circo, o drama, a performance, a comédia, o teatro de animação e outras. As apresentações acontecem ao longo de 2014.
"Cena Aberta tem o caráter de abrir as portas da UFSC para si mesma e sua comunidade através da Arte”, defende Fossari.