Comédia "Azul Resplendor"
Quando: 22 e 23 de novembro
Onde: Teatro Ademir Rosa (CIC) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica Quanto: R$60 inteira e R$30 meia-entrada Classificação: 12 anos Dias 22 e 23 de novembro, sábado às 21h e domingo às 20h, no Teatro Ademir Rosa (CIC), será apresentada comédia "Azul Resplendor", que promove, através de uma rara combinação entre humor ácido e delicadeza, o encontro marcado que cada um tem consigo mesmo. Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas conheceram Eduardo Adrianzén, autor de destaque da dramaturgia contemporânea do Peru, enquanto realizavam o projeto Embaixada do Teatro Brasileiro (2008/2009) em países Ibero-americanos para promover o teatro brasileiro e incentivar o intercâmbio entre as dramaturgias produzidas em espanhol e português. O texto original de Azul Resplendor, apresentado por Adrianzén a eles, causou o mesmo arrebatamento na atriz Eva Wilma. Estava decidido que seria montado no Brasil. A estreia em 18 de julho de 2013, no Teatro Renaissance, marca os 60 anos de carreira e 80 de vida da atriz Eva Wilma e reunirá num mesmo palco várias gerações de atores: Genézio de Barros, Guilherme Weber, Luciana Borghi, Débora Veneziani e Felipe Guerra. A montagem conta ainda com Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas, que dividem a direção pela primeira vez nos mais de 20 anos de parceria no teatro. Não há homenagem mais perfeita para uma atriz da envergadura de Eva Wilma que a montagem de uma peça que celebra com inteligência o próprio fazer teatral. Azul Resplendor, escrita por Adrianzén em 2005 é um retrato do ofício do ator. Mas um retrato sem retoques. Apesar de situada na atualidade, a peça revela os bastidores de todos os teatros em todos os tempos. O texto expõe com clareza e ironia os jogos de poder, os afetos, as ambições, as inspirações, as vaidades, as ilusões, as carências, as invenções, as manias e as frustrações dos atores quando se juntam para ensaiar uma peça. Para desvelar os bastidores dos palcos, o dramaturgo se valeu de uma galeria de personagens bem conhecidos no mundo do Teatro: a célebre atriz dramática aposentada precocemente, o eterno coadjuvante recalcado, o diretor arrogante e prepotente, a assistente de direção sem identidade e os atores jovens em busca de fama e poder a qualquer preço. Blanca Estela (Eva Wilma) é uma grande dama do teatro afastada de seu ofício há mais de 30 anos. Inesperadamente, ela recebe a visita de seu mais devotado fã – Tito Tápia (Genézio de Barros), um ator sem nenhuma expressão que passou a maior parte de sua vida cuidando da mãe doente e fazendo "pontas” no teatro e na televisão. De posse da herança e com uma peça de sua autoria escrita em memória da mãe falecida, Tito decide procurar Blanca Estela para confessar seu antigo amor e lhe fazer uma proposta para que ela retorne aos palcos como protagonista de sua obra. Apesar de ter sido um dos maiores nomes do teatro, Blanca Estela alimenta um amargo desprezo pelo mundo do teatro, o que motivou sua aposentadoria precoce. Mas, por razões que só ficarão claras ao final da peça, a grande diva decide aceitar a proposta de Tito, desde que a peça seja dirigida por um nome de peso. Tito decide chamar o maior diretor teatral da atualidade: Antônio Balaguer (Guilherme Weber). Considerado um gênio e cercado por uma equipe que o idolatra, o badalado encenador promete surpreender o público montando "o espetáculo da década”. "Adrianzén transmite com graça e extrema agudeza os conflitos que se desenrolam no competitivo universo dos atores. Em uma época de culto às celebridades, Azul Resplendor trata de maneira crítica e bem humorada o ávido interesse que o público tem dedicado à vida privada dos artistas”, diz Borghi. Azul Resplendor também irá revelar ao público e aos artistas brasileiros mais um exemplo da excelente dramaturgia produzida por nossos vizinhos latino-americanos. O espetáculo foi um grande sucesso no Peru e seu autor, Eduardo Adrianzén, é um dos dramaturgos conte mporâneos de maior destaque no mundo hispânico. Além de teatro, é também autor de telenovelas, o que lhe oferece um panorama completo da vida dos atores profissionais. A encenação é totalmente focada no trabalho dos atores e sua interação com a luz. O texto de Eduardo Adrianzén sugere que a cena nua é sustentada apenas pela iluminação e objetos essenciais à ação. |
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Categorias: Novembro 2014 Tags:
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