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Espetáculo "Psicose 4.48"



Quando: 08 Fevereiro 2015, domingo, às 20 horas
Onde: Teatro do SESC Prainha
Endereço: Travessa Syriaco Atherino, 100 – Centro
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/438414459656948

Classificação indicativa: 16 anos

Representante do teatro inglês contemporâneo, a peça "Psicose 4.48″, última obra da dramaturga londrina Sarah Kane (1971-1999), circula na Rede Sesc de Teatros. A montagem da Marcos Damaceno Companhia de Teatro, de Curitiba, traz como protagonista a atriz Rosana Stavis, que interpreta uma mulher angustiada, prestes a acabar com a própria vida. A apresentação em Florianópolis ocorre no Teatro Sesc Prainha no dia 8 de fevereiro, às 20h. Entrada Gratuita. Retirada de ingressos na Central de Atendimento do Sesc Prainha.

"Psicose 4.48” fala sobre depressão psicótica e sobre o que acontece com a mente de uma pessoa quando desaparecem por completo as barreiras que distinguem a realidade das diversas formas de imaginação. Sarah Kane usou a estatística que a maioria dos suicídios ocorre antes do alvorecer para criar o título da peça. A doença e os tratamentos psiquiátricos a que a autora se submeteu são matérias-primas do texto – com tradução de Laerte Mello. Permeando entre o dramático, o lírico e o narrativo, expõe a alienação causada por remédios, desejos truncados e vozes que, como um fluxo de consciência, ou de inconsciência, falam sobre memórias e alucinações.

Cheia de poesia, a dramaturgia tem como base a sonoridade das palavras e o silêncio. Devido à ausência de alguns elementos da dramaturgia convencional, como enredo, tempo linear e ação, a direção de Damaceno prioriza o tratamento do texto nas vozes dos atores, focando a atenção às palavras da obra e ao desempenho do elenco. A atriz Rosana Stavis contracena com Marcelo Bagnara, que interpreta o médico da sua personagem. "Dirigi 80% do espetáculo com o ouvido e somente o restante com os olhos. Como a temática é pesada, a interpretação não tem carga dramática. Os atores interpretam os trechos poéticos de maneira limpa, sem floreios”, afirma Marcos Damaceno.

"Primeiro foram trabalhadas a musicalidade das palavras e a respiração, em seguida as emoções que permeiam a obra. Precisei descer às profundezas do ser humano para compor a personagem. Depois, usei a técnica” fala Rosana Stavis (Troféu Gralha Azul de Melhor Atriz 2004 pelo trabalho).

O discurso fragmentado e subjetivo questiona as noções de normalidade. A autora atravessou crises depressivas intensas. Sua doença foi agravada com o término de um relacionamento homossexual, meses antes do suicídio, em 1999. Aos 28 anos, ela se enforcou com os cadarços do tênis, no banheiro do hospital psiquiátrico onde estava internada, em Londres.

A montagem da Marcos Damaceno Companhia de Teatro passou pelas principais capitais e festivais de teatro do país, recebendo destaque nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Completam a equipe de criação do espetáculo a figurinista Maureen Miranda e o sonoplasta Vadeco. A trilha é composta por RadioHead, uma das bandas favoritas de Sarah Kane, juntamente com Joy Division. Aliás, trechos da peça são inspirados nas letras dos dois grupos ingleses.

SINOPSE:

Peça sobre depressão psicótica e sobre o que acontece a mente de uma pessoa quando desaparecem por completo as barreiras que distinguem a realidade das diversas formas de imaginação.

Breves perfis

Rosana Stavis – protagonista
Reconhecida como uma das principais atrizes do teatro brasileiro na atualidade conquistou por seu talento cinco prêmios Governador do Estado do Paraná/Troféu Gralha Azul. Atuou em mais de 60 peças, óperas, filmes e produções televisivas. Entre elas, "Lulu”, de Frank Wedekind, e "A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht, dirigidas por Marcelo Marchioro, "Nostalgia” e "A Vida É Cheia de Som e Fúria”, de Felipe Hirsch. Formou-se atriz pela PUC-PR em 1989, ano que conquistou o Troféu Gralha Azul de Atriz Revelação, por sua atuação em "A Vida de Galileu”, de Brecht, sob direção de Celso Nunes e protagonizada po r Paulo Autran. Como protagonista de "PSiCOSE 4.48” levou o Troféu Gralha Azul de Melhor Atriz 2004.

Marcos Damaceno – diretor
Paulista, formado em direção teatral pela Faculdade de Artes do Paraná, tem prestigiada carreira como dramaturgo e diretor em Curitiba, onde mora desde a infância. Dentre as peças de sua autoria estão "Pedro Pedrinho Pedreco” (Prêmio Governador do Estado do Paraná/Troféu Gralha Azul de Melhor Autor para Crianças) e "Água Revolta”, que participou com destaque em festivais na França, na Argentina e no Brasil, também publicado na Argentina pelo Inteatro Editorial. Ganhou amplo destaque no cenário teatral brasileiro com encenação de sua peça Árvores Abatidas ou Para Luis Melo.

Marcos Damaceno Companhia de Teatro
Entre os espetáculos do grupo criado em 2003 pelo diretor e dramaturgo Marcos Damaceno e pela atriz Rosana Stavis destacam-se: "Água Revolta” (2003), de Marcos Damaceno (apresentado em 2004 nos festivais de teatro de Picardie, França, e Jovens Dramaturgos, em Córdoba, Argentina), PSICOSE 4.48 (2004), "Sonho de Outono”, do norueguês Jon Fosse, encenado profissionalmente pela primeira vez no Brasil, em 2005, e "Árvores Abatidas ou Para Luis Melo” (2008). O estudo de peças que revelam mais o funcionamento da consciência do que o discurso montado para expressá-lo e o tratamento nas vozes dos atores como elemento principal da encenação são características das produções da companhia.

Sarah Kane – a autora
Suas cinco peças, entre elas "Phaedra’s Love” (1996) e "Cleansed” (1998) discorrem sobre vida, amor e mutilações humanas. "Blasted”, sua estreia como dramaturga em 1995, causou polêmica ao traçar um paralelo entre Londres e Bósnia. O reconhecimento veio com "Crave” (1998), publicada sob o pseudônimo de Marie Kelvendon. Em seus últimos trabalhos, ela apostou em uma dramaturgia abstrata, não-realista, reagindo ao teatro dito político e rompendo as barreiras do realismo inglês. "O te atro não tem memória, o que faz dele uma das artes mais existenciais”, disse em entrevista. Sua última peça "PSICOSE 4.48”, de discurso poético e 50% confessional, foi produzida pela primeira vez no teatro Royal Court, em Londres, em 2000. Seu trabalho mais difundido em todo o mundo conquista diretores, atores e público.

O título da obra PSICOSE 4.48
Sarah Kane usou a estatística que a maioria dos suicídios ocorre antes do alvorecer para criar o título da peça. Em suas crises de depressão, ela acordou diversas vezes durante a madrugada e julgou às 4.48 a melhor hora para se matar. "Às 4.48 a hora feliz quando a claridade visita”, registrou.

Confira outros trechos da peça:

"Às 4.48, quando a sanidade vem me visitar por uma hora e 12 minutos, fico em sã consciência. Depois disso, me vou outra vez como uma marionete fragmentada, uma imbecil grotesca. Estou aqui, agora eu consigo me ver, mas quando estou encantada pela torpe ilusão da felicidade, desse mágico repugnante e de sua máquina de feitiçaria, não consigo tocar na essência do meu eu.”

"Às 4.48, quando o desespero me visitar, me enforcarei ao som da respiração do meu amante.”

"Decidi morrer este ano, alguns vão chamar isso de autocompaixão.

Eles terão sorte de não saber a verdade. Alguns vão simplesmente conhecer a dor.” Sarah Kane (3/fev/1971 – 20/fev/1999)

A autora, segundo Régy, que dirigiu PSICOSE 4.48, com atuação de Isabelle Huppert. "Sua escrita é como um rock. Numa tonalidade elisabetana, às vezes. Ou bíblica”, escreveu um dos principais diretores do teatro contemporâneo europeu em seu livro "L’État d’Incertitude” (O Estado de Incerteza, 2002).

[Adaptação do release de Luciana Cassas, Assessoria de Imprensa do espetáculo]
Espetáculo "Psicose 4.48"


Categorias: Fevereiro 2015
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