Espetáculo “Incêndios”, com Marieta Severo
Quando: 20, 21 e 22 de março
Onde: Teatro Ademir Rosa (CIC) Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica Quanto: R$70 inteira e R$35 meia-entrada Protagonizado por Marieta Severo e Vencedor de 19 Importantes Prêmios Nacionais, "Incêndios" inicia sua Turnê 2015 Após duas passagens pelo Rio de Janeiro, onde permaneceu oito meses em cartaz com sessões lotadas e ingressos esgotados com mais de um mês de antecedência e uma temporada de 4 meses no Teatro FAAP, e 3 sessões no Auditório Ibirapuera, "Incêndios” começa em março sua turnê e chega a Florianópolis com apresentações no Teatro Ademir Rosa (CIC) nos dias 20, 21 às 21h e 22 de março às 20h. Protagonizado por Marieta Severo e dirigido por Aderbal Freire-Filho, vencedor do prêmio Shell de Melhor Direção pelo trabalho, o espetáculo foi recordista de indicações ao prêmio APTR, tendo conquistado quatro das dez categorias nas quais concorreu (Espetáculo, Atriz: Marieta Severo, Atriz Coadjuvante: Kelzy Ecard e Cenografia: Fernando Mello da Costa). Primeira montagem brasileira do autor libanês Wajdi Mouawad, apontado como um dos grandes nomes da dramaturgia contemporânea, o espetáculo também foi contemplado com o Prêmio Questão de Crítica de Melhor Ator pela atuação de Marcio Vito, Prêmio CENYM: Melhor espetáculo, Melhor direção: Aderbal Freire-Filho, Melhor Texto Adaptado: Ângela Leite Lopes, Melhor atriz : Marieta Severo, Melhor atriz coadjuvante: Kelzy Ecard, Melhor Montagem Brasileira de uma Obra Original Estrangeira e Prêmio Botequim Carioca Melhor Atriz: Marieta Severo, Melhor Ator Coadjuvante: Isaac Bernat, entre outros. A escrita de Wajdi Mouawad é marcada por situações devastadoras: guerras, exílios, perdas e injustiças. Não à toa, ‘Incêndios’ (2003) é o título de seu mais celebrado espetáculo, com dezenas de prêmios, elogiadas produções ao redor do mundo e um longa-metragem homônimo, dirigido por Denis Villeneuve e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Apontado como um dos grandes nomes da dramaturgia contemporânea, o autor libanês se tornou conhecido p ela plateia brasileira com a versão nacional de ‘Incêndios’, em montagem de Aderbal Freire-Filho, protagonizada por Marieta Severo e produzida por Maria Siman/Primeira Página Produções em parceria com Marieta Severo e e com o ator Felipe de Carolis. A engenhosa carpintaria de Mouawad despertou a atenção de Marieta Severo para a saga da árabe Nawal, cuja vida é atravessada por décadas de uma guerra civil que parece nunca ter fim. Ela passa seus últimos anos em voluntário exílio no Ocidente, onde morre e deixa em testamento uma difícil missão para seu casal de filhos gêmeos (Felipe de Carolis e Keli Freitas): encontrar o pai e também um irmão perdido em seu remoto passado no Oriente. "É a história de três destinos que buscam suas origens, em uma tentativa de solucionar a equação de suas existências", resumiu Mouawad na apresentação da primeira montagem da peça. A trajetória da protagonista encontra paralelo na vida do autor, nascido no Líbano, mas radicado no Canadá desde a década de 80. Encenado com sucesso em 15 países, Incêndios chegou às mãos de Marieta e Aderbal através do ator Felipe de Carolis. O jogo teatral e a tragédia contemporânea Responsável por sublinhar o caráter assumidamente teatral de recentes montagens como ‘Jacinta’ (2012), ‘Hamlet’ (2008), ‘As Centenárias’ (2007) e ‘O Púcaro Búlgaro’ (2006), Aderbal se viu estimulado pela dramaturgia de Mouawad: ‘Os textos são altamente poéticos ao falar das tensões entre homem e sociedade. Mesmo situando os personagens e ações em um contexto real, a peça não localiza geograficamente a ação, apenas sabemos que se trata de Ocidente e Oriente, as cidades têm nomes inventados e datas de fatos históricos são modificadas’, comenta. A conhecida adaptação cinematográfica da peça pode sugerir uma maior adequação da história ao cinema. No entanto, Aderbal acredita que o teatro é o meio de expressão ideal para Incê ndios: Não só por ter sido concebida como uma peça de teatro e pela ilusão do teatro permitir mais liberdade ao entrelaçamento das ações, como também pelo fato do cinema ter abdicado de alguns valores importantes da peça original. Personagens e cenas fundamentais, por serem mais adequados ao teatro, foram cortados do filme, que nem por isso deixa de ser um grande filme, afirma o diretor. Marieta interpreta a protagonista da juventude aos momentos finais, passando por episódios dramáticos, como a adesão à guerrilha, a incessante busca pelo filho perdido e as dificuldades de ser mulher na região. ‘É o desafio de fazer um épico, explorar as possibilidades deste gênero e interpretar as variadas idades e fases da personagem’, avalia a atriz. A seu lado, além de Felipe de Carolis e Keli Freitas, estão Márcio Vito, Kelzy Ecard, Fabianna de Mello e Souza, Isaac Bernat e Flávio Tolezani. Crueldade e ternura em um contexto desumano Ao longo do processo de ensaios, a produção organizou uma série de workshops para o elenco com historiadores, filósofos e especialistas em conflitos do Oriente Médio. Mesmo sem ter um local específico, o universo árabe é discretamente ambientado em cena, com ajuda dos figurinos de Antonio Medeiros e a cenografia de Fernando Mello da Costa, parceiro de longa data de Aderbal. A concepção do espetáculo se vale da própria poética da cena para expressar as situações reais criadas pelo autor. ‘O palco infinito pode ir de um continente a outro e de um tempo a outro, desde que o conjunto da encenação desperte a imaginação do espectador e é isso que as atrizes e os atores de Incêndios têm como objetivo. Em um cenário de grande impacto plástico em sua simplicidade, o talento do elenco queima no mesmo fogo a realidade e a ilusão’, diz Aderbal. Este é mais um incêndio entre os vários – literais e metafóricos – que acontecem durante a busca do casa l de gêmeos pelo passado da mãe no outro lado do planeta. Ao se deparar com suas origens, eles veem o fogo da guerra – mesmo depois de seu fim – agir implacavelmente em suas vidas. Mouawad constrói uma intrincada teia de relações, segredos e sentimentos. ‘’Incêndios’ não é propriamente uma peça sobre a guerra, mas sobre promessas que não são cumpridas, sobre tentativas desesperadas de consolo, sobre maneiras de se permanecer humano em um contexto desumano’, resumiu o autor após receber o Prêmio Molière pelo texto. Prêmios recebidos pela montagem brasileira de "Incêndios" Prêmio Shell - 2013 Melhor Direção: Aderbal Freire-Filho Prêmio Questão de Crítica - 2013 Melhor Ator: Marcio Vito Prêmio Faz Diferença – O Globo - 2013 Marieta Severo por Incêndios Cariocas do Ano – Revista Veja 2013 Teatro: Marieta Severo, pela peça "Incêndios” Prêmio APTR - 2013 Melhor Atriz: Marieta Severo Melhor Cenografia – Fernando Mello da Costa Melhor atriz coadjuvante – Kelzy Ecard Melhor Espetáculo Prêmio Botequim Cultural – 2014 Melhor ator – Isaac Bernat Melhor atriz – Marieta Severo Melhor espetáculo Crítico da Veja São Paulo – Dirceu Alves Jr escolhe 05 melhores espetáculos de 2014 "Incêndios” está presente na lista (http://vejasp.abril.com.br/blogs/dirceu-alves-jr/2014/12/17/teatro-cinco-melhores-pecas-do-ano-2014-sao-paulo/) Prêmio CENYM – 2014 Melhor Espetáculo Melhor Diretor – Aderbal Freire-Filho Melhor Atriz – Marieta Severo Melhor Atriz Coadjuvante – Kelzy Ecard Melhor Texto Adaptado – Angela Leite Lopes Montagem Brasileira de Obra Original Estrangeira Prêmio Arte Qualidade Brasil – 2014 Melhor Drama Ficha Técnica Tradução: Angela Leite Lopes Direção: Aderbal Freire-Filho Com Marieta Severo, Felipe de Carolis, Keli Freitas, Kelzy Ecard, Marcio Vito, Isaac Bernat, Flávio Tolezani e Fabianna de Mello e Souza. Cenografia: Fernando Mello da Costa Iluminação: Luiz Paulo Nenen Figurinos: Antonio Medeiros Trilha Sonora: Tato Taborda Direção de Produção: Maria Siman Produção Executiva e Administração: Luciano Marcelo Produtores: Maria Siman, Felipe de Carolis e Marieta Severo Produtor associado: Pablo Sanábio Idealização do Projeto: Felipe de Carolis Realização: Primeira Página Produções, E_merge e Teatro Poeira Duração: 120 minutos Classificação etária indicativa: 14 anos Incêndios é patrocinado por Banco Itaú. Os recursos foram captados através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet |
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Categorias: Março 2015 Tags:
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