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Solo de dança contemporânea "O pior de mim", da atriz e performe Monica Siedler



Quando: 12 Maio 2016, quinta-feira, às 20 horas
Onde: em vários espaços
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/525501957657327

O corpo precisa encenar o drama. No espaço que ocupa, o pior de mim olha, reconhece, aceita e arruína os próprios limites, os fracassos, os padrões de movimentos e hábitos que se formaram um dia para garantir a própria sobrevivência. Pelas ruas, o pior de mim se identifica com as errantes, sem-lar, sem-quem, sem-rumo. Acreditando que o melhor é também o pior de cada um, a criadora e performer Monica Siedler propõe um modo de existir em dança.

A performance O Pior de Mim será apresentada pela primeira vez no dia 20 de abril, às 20h, no Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. Após a estreia, a atriz fará apresentações em mais ​três locais: no CEART/UDESC no dia 25 de abril, no Teatro da Armação nos dias 29 e 30 de abril, ​ambas às 20h​, e a última no dia 12 de maio no projeto Sol da Meia Noite, no Bloco de Arte Cênicas, UFSC​. Todas as apresentações são gratuitas.

20 de abril, às 20h, no MIS/CIC
25 de abril, às 20h, no Espaço 2 CEART/UDESC
29 e 30 de abril, às 20h, no Teatro da Armação/Centro
12 de maio, às 22h15, Projeto Sol da Meia Noite, na Sala 403 do Bloco de Artes Cênicas, UFSC

Por habitar “não lugares” ou por habitar diferentes lugares, a própria performance não existe enquanto estrutura fechada. Cada ação realizada é pensada para o espaço onde será feita e trabalhará a partir das possibilidades e limites que o lugar propõe, sendo alguma delas compartilhadas com artistas convidados.

O projeto estreia no MIS com a participação do VJ Bruno Bez, que manipulará em tempo real tanto imagens do acervo pessoal da performer como também imagens geradas por computador. Com isso, se efetiva uma relação entre corpo e projeção, analógico e digital, onde a materialidade do corpo de Monica conversa com a projeção imagética de Bruno em uma ambiência de precariedade e transitoriedade. A dramatu rgia desse encontro se efetiva no olhar do espectador, e as metáforas de uma presença que busca uma forma para sua existência redimensionam-se em projeções incapazes de tornar presente e nítida imagens que apenas evidenciam a ausência de algo palpável.

Se a imagem evoca a presença de um objeto ausente, “aquilo que experimentamos a cada dia como imagens que nos rodeiam aparenta ser uma combinação de coisas novas, e sobrevivências vindas de muito longe de nossas próprias histórias ou de histórias da humanidade. Considerando que diante da imagem, estamos diante do tempo, e sendo o tempo movediço, podemos arriscar que os sonhos, são parte da vigília, ou como preferem os poetas e artistas, de forma esplêndida: que toda vigília é um sonho”. (Josimar Ferreira para o projeto O Pior de Mim).

A pesquisa iniciou em 2014, viabilizada pelo Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Monica estudou no corpo as características físicas, emocionais, e percebeu os modos como interage e é vista pelo ambiente que habita. Trouxe à tona as particularidades superlativas, consideradas como exageradas e reveladas enquanto fragilidade e potência de ação. Assim alimenta a dinâmica em cena, uma tensão entre figuração e desfiguração, um trânsito de condutas que denunciam uma busca de estratégias, lugares (in)seguros, que desdobram em possíveis ressignificações de padrões comportamentais (físicos). O trabalho também utiliza elementos audiovisuais que criam camadas sobre a corporalidade exposta. "Cada cena habita uma zona de conflito e impasse entre um corpo devir e um corpo socialmente legível.

O Pior de Mim foi contemplado pelo prêmio Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2014, promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) e FCC. A obra é dedicada ao amigo, ator, escritor e produtor cultural Christiano Scheiner, em memória.

Sobre Monica Siedler
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Atriz, performer, graduada e mestre em teatro pela Udesc, Monica faz parte da curadoria e organização do Vértice Brasil: encontro e festival ligado ao The Magdalena Project - rede internacional de mulheres artistas, que já conta com quatro edições (2008, 2010, 2012, 2014).

De 2008 a 2014 participou da ARCO Projetos em Arte, em parceria com o artista visual Roberto Freitas, quando pesquisaram a interação entre linguagem cênica e audiovisual. Por conta disso produziram a Trilogia Ninguém é Impossível, que integra as performances: Só Depois (Prêmio Funarte Klauss Vianna 2011); Somático (prêmio Elisabete Anderle de estímulo à Cultura - SC/2010); 1A(UMA) (bolsa de pesquisa para intérprete-criador projeto Mergulho no Palco (2007, Florianópolis/SC). Com a trilogia apresentaram tanto em festivais de dança como de teatro, performance, cinema e artes plásticas, por diferentes estados do Brasil (SC, SP, PR, PB, PE) e exterior (Argentina, México e Dinamarca).

Sobre Bruno Bez

Bruno Bez se dedica à performance visual além da produção de vídeo experimental, divide sua visão entre Brasil e Europa em clubes, festivais, exposições de arte, concertos e movimentos culturais. Entre os clubes que projetou estão importantes nomes como: Club der Visionaere, Hoppetosse, Panke, Ipse, Sisyphus (Berlim), Pachá, Terraza, At Home, Skol Factory, Sesc Pompéia, Safe House e showcases como Broken Beat (EUA), Scope Sessions (Berlim), Keep on Going (Londres), D-EDGE, Warung, Mixmag, Detroit.br, Radiola, 24 Bits, Enter the Void e Sounds in da City além dos festivais Tribaltech, Creamfields, FILE Screening, LPM, Electrode (Itália), Visual Brasil (Barcelona), Fusion (Alemanha) e ADE (Amsterdam).

Colabora, em paralelo, com a comunidade internacional psiconauta por meio de seu projeto de Live Cinema e intervenções urbanas como o tributo em homenagem a H.R. Giger em Berlim. Entre suas produções visuais estão algumas contribuições em par ceria com artistas como Mano Le Tough, Matt John, Daniel Kuhnen, B. Ashra, Jay Haze, Andrevictor, L_cio, Davis, Napo León e Artemii. Seu trabalho tem um senso óptico acurado e uma temática imersiva onde busca envolver o ambiente de forma interativa em harmonia com o universo da imaginação e seu hemisfério de lúmens.

Ficha Técnica

Criação e performer: Monica Siedler
Pesquisa compartilhada com Barbara Biscaro
Música: Ledgroove
VJ (performance MIS): Bruno Bez
Audio/visual (teatro armação): Fê Luz
Cenário: Roberto Gorgati
Figurino: Loli Menezes
Consultoria material químico: Cláudia Lira
Desenhos: Narjara Reis
Textos blog: Andre Felipe, Erica Maciel Fiod, Josimar Ferreira, Flávio Dias, Loren Fisher, Carolina Votto
Design gráfico: Paula Albuquerque
Assessoria de Imprensa: Luciana de Moraes
Produção: Christiano Scheiner, Monica Siedler e Paulo Soares
Solo de dança contemporânea "O pior de mim", da atriz e performe Monica Siedler


Categorias: Maio 2016
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