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"Poéticas Diaspóricas" com minicursos, oficinas, palestras, performances e exibição de filmes



Quando: 16 Junho 2017, sexta-feira
Onde: Centro de Comunicação e Expressão (CCE), UFSC
Quanto: Gratuito
Evento no FB: www.facebook.com/events/1769188783391603
e-mail: poeticasdiasporicas.ufsc@gmail.com

"Poéticas Diaspóricas" será realizado de 11 de abril a 28 de junho de 2017 no Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC e contará com minicursos, oficinas, palestras, performances e exibição de filmes para promover e discutir a arte e o pensamento negros diaspóricos como ferramenta política e estética para propor questionamentos, aguçar sensibilidades, despertar mentes, conectar artistas, acadêmicos/as e comunidade.

As atividades serão divididas em encontros ao longo do 1° semestre 2017 e serão realizadas na Universidade Federal de Santa Catarina. O evento é gratuito e aberto à comunidade em geral.

O evento pretende apresentar e discutir poéticas da diáspora africana desde multíplices expressões artísticas (dança, pensamento, música, literatura, etc) e de forma plurilingue, além de proporcionar discussões sobre processos e funções históricas, políticas, ancestrais, estéticas e tradutórias inerentes à diáspora negra.

É imprescindível a inscrição como ouvinte para participar das atividades. Inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo formulário. Todas(os) as(os) participantes inscritas(os) receberão certificados de ouvintes emitidos pela UFSC.

Cronograma das Oficinas Poéticas Diaspóricas 2017:

11/4
13h30-15h30 - Oficina: Soletrando a língua kimbundu
Ministrante: Bindumuka Bernardo
Hassis -CCE

11/4
16h-18h - Oficina: Cabelo Crespo: Resistência, Política e Identidade
Ministrante: Maylla Chaveiro e Larisse Gomes
Hassis -CCE

17/4
16h-18h - Oficina: Tap Dance - História do Sapateado Americano
Ministrante: Fernando Flesch
Sala 208 artes cênicas

24/4
18h30-20h - Oficina: Danças tradicionais de Cabo Verde
Ministrante: Elisa Isabel Teixeira Alfama Moniz
Sala 208 – Prédio novo das ArtesCênicas

24/4
20h-21h30 - Oficina de Kizomba/Semba Lev'Arte Brasil
Sala 208 – Prédio novo das Artes-Cênicas

25/4
13h30-15h30 - Oficina: Escritoras Negras e feminismo negro:
A escrita de mulheres negras: experiência e resistência
Ministrante: Escritora e Mestranda Nana Martins
Carga horária total: 2h
Hassis-CCE

O Núcleo de Estudos de Poéticas Musicais e Vocais (Nepom) irá promover, no dia 25 de abril (terça-feira), o seminário “A Escrita de Mulheres Negras: Experiências e Resistência”. O evento tem o objetivo de discutir o conceito de literatura afro-brasileira abordando seus aspectos formais e sua importância dentro da literatura brasileira. O seminário será ministrado na Sala Hassis, das 13h às 15h30, pela escritora Nana Martins. Durante a apresentação serão resgatados trabalhos das principais poetas negras. A escrita de mulheres negras é um forma de resistência ao imperialismo e ao colonialismo. A poesia das mulheres deste segmento contam histórias e questionam padrões da sociedade.
A proposta deste minicurso é discutir o conceito de literatura afro-brasileira abordando seus aspectos formais e sua importância dentro da literatura brasileira, resgatando as principais poetas Negras deste segmento. A escrita de mulheres Negras é um forma de resistência a todo o imperialismo e aos resquícios de colonialismo, a poesia destas mulheres contam histórias, questionam padrões da sociedade e quebram estereótipos e preconceitos.

2/5
19h - Lançamento do livro: A Caminhada é longa e o chão tá liso": o Movimento Hip Hop em Florianópolis e Lisboa de Ângela
Ministrante: Maria de Souza
Hassis-CCE
O livro apresenta a pesquisa realizada no Doutorado em Antropologia Social na UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, com Estágio realizado no ICS – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, sobre o Movimento Hip Hop na Grande Florianópolis e Grande Lisboa. Na Grande Florianópolis a etnografia abrange os estilos de rap denominados Rap de Quebrada, localizado predominantemente nas periferis da parte con tinental da cidade e cidades vizinhas; o Rap Floripa, principalmente na Ilha e Rap Gospel. Na Grande Lisboa, a etnografia apresenta a Rap Crioulo, realizado por imigrantes e seus descendentes, principalmente cabo-verdianos e angolanos em Portugal. A partir destes estilos de rap são analisadas as práticas estético musicais dos rappers a partir das relações construídas com as cidades nas quais estão e sobre a qual buscam refletir a partir de suas vivências nestes espaços urbanos, enquanto jovens, a maioria negros e moradores de periferias. Reflexões estas que tomam a forma de narrativas musicais através do Rap e que nos oferecem importantes debates e posicionamentos sobre as racismo, discriminação, violências, desigualdades, que vivenciam em suas cidades. O Movimento Hip Hop é uma manifestação artístico-cultural que torna-se política em sua forma de atuação e questionamentos, redefinindo espaços e lugares sociais.

9/5
13h30-15h30 - Rompendo Silenciamentos: diálogos entre a literatura afro-alemã e a afro-brasileira
Ministrante: Jessica Oliveira de Jesus
Hassis -CCE
Carga horária total: 2h

O minicurso se propõe a abordar o silenciamento, estratégia colonial (KILOMBA, 2016) utilizada até hoje a nível mundial para calar vozes de negras/os e de povos indígenas, com o propósito de manter-nos em condição 'subalterna' e assim proteger os privilégios de uma pequena parcela da população. Trataremos principalmente das estratégias de rompimento destes silenciamentos através da arte negra, sempre lembrando que nossos silêncios precisam ser escutados. Para isso, partirei do romance Um Defeito de Cor (2006) da escritora afro-brasileira Ana Maria Gonçalves como chave para abordar a literatura da diáspora africana como ferramenta contra o silenciamento de vozes negras. Ao longo do minicurso será apresentada a poesia de autoras negras brasileiras como Conceição Evaristo, Miriam Alves e Nana Martins, além de um panorama da literatura negra em língua alemã, com enfoque na poesia de May Ayim (1960-1996). A linha condutora do minicurso será a articulação de paralelos e diálogos entre a literatura negro-brasileira e a negro-alemã, ac erca da quebra do silêncio que ambas articulam. Em um último momento, haverá um exercício de escrita inspirado pela exposição e contato com tais poéticas, pare que botemos no papel ou que lancemos ao vento nossas potentes vozes.

9/5
16h-18h - Oficina de Contação de histórias do Sul da Nigéria
Ministrante: Fabrício Cassilhas
Hassis -CCE
Carga horária total: 2h
Essa oficina propõe divulgar e contar histórias do sul da Nigéria coletadas e escritas pelo Nigeriano Elphinstone Dayrel e traduzidas por mim. Essa oficina propõe uma prática reflexiva de contação de histórias pensando sobre a contação de histórias nas nossas vidas e suas relações com a nossa ancestralidade negra. A contação de histórias será pensada juntamente da literatura pós-colonial e decolonial de algumas escritoras e escritores africanos, seja na postura de Chimamanda Ngozi Adichie (2009) e Paulina Chiziane (2014) ao se afirmarem contadoras de história, ou na análise das presenças da contação de história em seus textos e em textos de Agualusa (2015) Mia Couto (2005) e Chinua Achebe (2004), por exemplo. Na primeira parte da oficina será apresentado um breve panorama sobre a obra de Elphinstone Dayrel e sobre o conteúdo dessas narrativas apresentadas em dois livros: Folk Stories From Souther Nigeria West Africa (1910) e Ikom Stories From Southern Nigeria (1913). Em um segundo momento leremos algumas das minhas traduções refletindo e repensando escolhas tradutórias com base nas discussões feitas sobre a contação com o foco também em gênero e raça. Em um terceiro momento debateremos e praticaremos técnicas de contação de histórias pensando principalmente no contextos específico das histórias apresentadas, executando um trabalho que reflete o papel da contadora e do contador de histórias. Por fim participantes contarão as histórias com base nas suas reflexões.

16/5
13h30-15h30 - Uma historiografia do funk carioca
Ministrante: Letícia Laurindo de Bonfim
Carga horária total: 2h
Hassis -CCE
Este minicurso parte da tese de Spirito Santo de que o processo chamado de elitização das escolas de samba abre espaço para a consolidação dos bailes funk e para a identificação da juventude negra com um gênero musical afrodiaspórico oriundo dos Estados Unidos, o miami bass, subgênero do hip hop. Para fundamentar teoricamente essa historiografia do funk carioca, serão abordadas questões referentes à identidade nacional e à historiografia da música popular brasileira vinculadas à raça e à democracia racial no país.
Tópicos abordados: Da criminalização à ascensão do samba como símbolo étnico nacional. Elitização das escolas de samba: a elite/sociedade brasileira e e sua complexa relação com gêneros musicais afrodiaspóricos. Anos 1960: bailes black e o movimento negro. Bailes funk: processos de criação de um gênero musical a partir da festa. Interdição e criminalização do funk carioca. Tamborzão e human beatbox: os ritmos dos anos 2000 e 2010.

16/5
16h-18h - Angola e Moçambique: um diálogo sobre as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa
Ministrante: Franciele Guarienti
Carga horária total: 2h
Hassis -CCE
Este minicurso pretende propor uma reflexão sobre como o continente africano é construído no imaginário ocidental. Serão feitas discussões sobre literatura, história e cultura do continente africano a fim de promover o debate de questões pertinentes aos estudos pós-coloniais e à cena literária contemporânea. Será feita uma introdução ao contexto histórico e às principais manifestações culturais de Angola e Moçambique. Serão abordadas temáticas como: pós-colonialismo, relações raciais, de gênero, diásporas e a relação entre literatura e contexto histórico. A fim de atingir os objetivos propostos, será feita a apresentação das principais obras de autores(as) moçambicanos(as) e angolanos(as). Serão eles(as): Paulina Chiziane, Mia couto, José Craveirinha, José Eduardo Agualusa, Luandino Vieira, Noémia de Sousa, Paula Tavares, Pepetela, Ondjaki entre outros.

30/5
16h30-18h - Dramaturgias e Diáspora Africana: reflexões sobre a construção da personagem negra no teatro brasileiro
Ministrante: Julianna Rosa de Souza
Carga horária total: 1h30min
Confira no evento o link de artigo teórico para leitura prévia dos/as participantes.
O minicurso tem como objetivo debater através de textos teóricos e dinâmicas práticas a construção da personagem negra, passando pelo debate crítico dos estigmas e estereótipos até a compreensão da estrutura dramática como limitante ou estratégia para a criação de dramaturgias. O minicurso acontecerá em dois momentos: o primeiro reflexivo / debate de referências teóricas disponibilizadas anteriormente; e o segundo: processo de compartilhar experiências criativas e/ou construir experiências poéticas, questionando os paradigmas do signo negro na cena teatral.
Julianna Rosa de Souza é professora colaboradora no Departamento de Artes Cênicas da Universidade do Estado de Santa Catarina. É Mestre em Teatro, com dissertação defendida sobre a "Dramaturgia da Dança dos Orixás" - prática artística de Augusto Omolú. E Doutoranda em Teatro pelo Programa de Pós-Graduação em Teatro PPGT-UDESC. Suas pesquisas concentram-se na área de: Teorias e Práticas do Teatro, atuando nos seguintes temas: dramaturgia, teatro negro, identidade e diáspora africana.

13/6
14h-16h - Oficina: Aracy de Almeida: os nasais e a política
Ministrante: Nathalia Müller Camozzato
Sala Drummond
Carga horária total: 2h
O minicurso proposto busca deflagrar o campo de emergência da música popular brasileira como um campo político, cartografado a partir de micro relações de poder. Para tanto, elege o momento histórico denominado Era Vargas (em diálogo com a intelectualidade modernista), observando aí a emergência de um dispositivo que buscava conhecer, regulamentar e disseminar, no regime enunciativo do canto, as formas de cantar que seriam genuinamente nacionais, caras à brasilidade em construção. Como ponto de inflexão e disjunção de tal dispositivo, o minicurso contempla a voz e a trajetória de Aracy de Almeida que em sua mulheridade e negritude, foi enunciada por Mário de Andrade como articuladora de nasais "genuinamente brasileiros". Interessa como Aracy foi capturada pelo dispositivo mas, especialmente, como Aracy profanou tal dispositivo.

14/6
14h-17h - Exibição do Filme Lumières Noires (2006), de Bob Swaim.
Resumo: O filme é um documentário sobre os dois encontros históricos de escritores e artistas negros realizados em 1956 e 1959, em Paris e Roma, contendo depoimentos e imagens raras de muitos escritores e pensadores fundamentais para o pensamento negro e a filosofia africana em geral, como Alioune Diop, Léopold Senghor, Édouard Glissant, René Depestre, Aimé Césaire, Frantz Fanon, Richard Wright e James Baldwin.

Mesa-redonda: “Lumières Noires: a história do pensamento negro contada pelos seus atores”.
Susan de Oliveira (DLLV, CCE, UFSC)
Claudia Mortari (Profa História da África, UDESC)
Silvio Marcus Correia (Prof. de história da África, CFH, UFSC)
Franciele Guarienti (Doutoranda em Literatura, PPGLit, UFSC)
Sala Drummond

16/6
9h30-11h30 - PAINEL DE DISCUSSÃO:
Tema: Negro: raça ou classe social ? Nas trilhas de uma fronteirização histórica.
Membros da mesa: Yéo N’gana, Helder Píres, Ezra Chambal Nhampoca e Bindumuka Bernardo
Sala: Auditório Eiki Hering - Biblioteca Universitária - UFSC
"Poéticas Diaspóricas" com minicursos, oficinas, palestras, performances e exibição de filmes


Categorias: Junho 2017
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