Espetáculo teatral "Me dá tua mão" com Clovys Torres
Quando: 30 e 31 de março, às 21 horas
Onde: Ateliê Casa das Ideias Endereço: Rua Huberto Rohden, 205, casa 02 - Campeche Quanto: R$20 inteira e R$10 meia-entrada Evento no FB: www.facebook.com/events/2109900352601797 Nos dias 30 e 31 de março, o Ateliê Casa das Ideias promove pela primeira vez em Florianópolis, o monólogo teatral "Me Dá a Sua Mão", com Clovys Torres que assina texto e atuação. Valor do ingresso: 20 reais antecipado e 30 reais no local Reserve seu ingresso pelo link www.sympla.com.br/me-da-a-tua-mao-com-clovys-torres__253474 O solo foi desconstruído por Amir Haddad, diretor de fundamental importância para o cenário teatral brasileiro, artista singular, Haddad transita com a mesma desenvoltura entre produções mais convencionais e mega espetáculos populares. Defensor do “teatro depois do teatro”, e fundador em 1980 do grupo Tá na rua, grupo que encabeça até hoje no Rio de Janeiro, com diversas montagens e intervenções públicas. Me dá a tua mão, trata de mais uma história de amor. Um homem recebe visitas em sua casa enquanto a mulher dele, Ela, pede sua mão insistentemente no quarto. Um narrador vai apresentando a história deste casal e de várias personagens que aparecem revelando momentos que ligam o mar ao sertão, falando sobre a família, o amor e saudade. Utilizando um acordeon e um berrante o ator aborda temas através de uma narrativa que serve como um detonador de memórias. “A medida que as personagens revelam suas emoções, a platéia mergulha em suas memórias e esta é a grande poesia deste trabalho”, observa o ator. O trabalho de construção do texto e das cenas demorou meses com ensaios públicos e debates desde o primeiro momento, passando por escolas, grupos de estudiosos, convidados bastante ecléticos, sempre com debates, até fechar o texto e uma ideia de contação desta história; posteriormente entrou o trabalho de Amir Haddad. “O que Amir tem feito é uma desconstrução de tudo que eu estava fazendo, me trazendo fortemente a questão da narrativa e do não teatro ou do teatro depois do teatro, como ele diz. Em resumo, a questão da verdade do ator, da entrega, da não representação. É um trabalho qu e não termina nunca e agora começo uma nova fase da peça que terá sempre provocações e desconstruções vinda do mestre Amir. Jamais estará pronta esta história e cada dia tenho o que investigar e pesquisar” observa Clovys. Me dá a tua mão é fruto de uma pesquisa sobre memória e velhice que o ator desenvolve há anos e cujo primeiro trabalho foi o solo Maria Mucuta, encenada por ele mesmo entre 2000 e 2004, onde Ela relembrava sua vida à espera DELE. Na época o ator entrevistou mais de 500 idosos sobre suas memórias e alegrias e construiu o texto em sala de ensaio com muitas das memórias e sensações que tinha de seus avós. Maria Mucuta também prezava a memória individual e corporal para despertar as lembranças e memórias da platéia. Depois veio o espetáculo O Convite de Casamento, com Lilian Blanc e Walter Portella que ficou em cartaz por anos. CLOVYS TORRES (Ator) Formado em Comunicação Social, com especialização em jornalismo literário, o ator Clovys Torres é também autor. Com mais de dez peças escritas e um livro de poemas e contos (Curva de Vento-2016). O ator tem se dedicado à dramaturgia e ao constante exercício e busca de um teatro mais autoral. Atualmente em cartaz com a peça ZIBALDONE, com textos de Giacomo Leopardi e direção de Aimar Labaki, ele tem emendando um trabalho em outro. Foi assim Moscarda (2010-2013), de Luigi Pirandello, direção de Valeria Lauand; Carretel (espetaculo de dança), dirigido por Rubens Oliveira e Sergio Ignacio e com Amores Urbanos (três textos, um de sua autoria, dirigido por Clarisse Abujamra, outros de Marcelo Rubens Paiva e Mario Bortollotto, com direção dos mesmos), que ficou em cartaz entre 2 e 2014-2015; Esperando Godot, de Samuel Becket, dirigido por Elias Andreato (2016- 2017). Clovys é autor de textos montados com Rosi Campos e Arllete Montenegro, dirigidas por Jairo Mattos (Retrato Emoldurad o - 2009); Trem das Onze (dirigido por Cida Moreira - 2000), Maria Mucuta (dirigido por Weber Reis-20 02-2005) e dois espetaculos em fase de montagem: Cafe Paris, a ser dirigido por William Pereira e Corações de Alcachofra, dirigido por Vivien Buckup. É um apaixonado por literatura e teatro e durante dez anos promoveu o projeto Letras Em Cena, no MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateoubriand. Realizou ainda O Atores e Poetas por dois anos na Casa das Rosas, e o Dose Dupla, que unia entrevista, musica e performance junto ao maestro Miguel Briamonte, entre outros. AMIR HADDAD - O diretor Amir Haddad é artista singular no cenário brasileiro que transita com a mesma desenvoltura entre produções mais convencionais e mega espetáculos populares. Defensor do “teatro depois do teatro”, ele esta em constante atividade. Atualmente assina a direção e adaptação Antigona, deSofocles, com Andrea Beltrao; também assina a supervisão de Alma Imoral, com Clarice Niskie recoorde no seu grupoTa Na Rua,no Rio de Janeiro. Em 1980, funda o Tá na Rua, fazendo apresentações de rua baseadas em cenas de criação coletiva. Em 1984 estréia com o grupo o espetáculo Morrer pela Pátria, de Carlos Cavac o(1878-1961), encenado por mais de três anos, contribuindo para a pesquisa de demolição da linguagem do teatro convencional do conjunto, que desemboca no seu trabalho de teatro de rua. Realiza, também, trabalhos no teatro comercial, que lhe valem o Prêmio Shell por Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974) e Ferreira Gullar (1930) em 1989; e o Prêmio Sharp, por O Mercador de Veneza, de William Shakespeare (1564-1626), em 1996. Dirige, ainda de Shakespeare, Noite de Reis, em 1997; e O Avarento, de Moliére (1622-1673), em 2000. Dirige grupos alternativos na década de 1970 fundamentando uma linha de trabalho significativamente pesquisada por essa geração: disposição não convencional da cena; desconstrução da dramaturgia; utilização aberta dos espaços cênicos; e inter e interação entre atores e espectadores. Essa linha de pesquisa se sedimentará no seu trabalho como diretor a partir da fundação do Tá na Rua, em 1980, grupo que encabeça até hoje no Rio de Janeiro com diversas montagens e intervenções públicas. |
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