Concerto de Música da Renascença Francesa "Amores Ilícitos, Batalhas e Belezas" do Cantus Firmus
Quando: 06 Setembro 2018, quinta-feira, às 20 horas
Onde: Teatro do SESC Prainha Endereço: Travessa Syriaco Atherino, 100 – Centro Quanto: R$20 inteira e R$10 meia-entrada Evento no FB: www.facebook.com/events/1962202380509234 O Cantus Firmus - Música Medieval e Renascentista, foi criado sob a direção de Jefferson Bittencourt em Florianópolis, Santa Catarina, em 2003, com o objetivo de suprir a falta de grupos brasileiros especializados no repertório da música antiga e traz aspectos sonoros instigantes para aqueles que pouco conhecem da origem da música ocidental. Hoje, é formado por cinco cantores e seu repertório é uma amostra do que pode ter sido a sonoridade vocal do período medieval e renascentista na Europa. É formado pelos cantores Marcelo Aguiar (baixo), Eduardo Serafin (tenor), Fernando de Carli (barítono), Francis Persich Covatti (tenor) e Jefferson Bittencourt (tenor/alaúde). Além do trabalho vocal, o grupo se apresenta com instrumentos de percussão e o acompanhamento de um alaúde pré-barroco (cópia de um instrumento original de 1630). Celebrando os 15 anos de existência, o grupo apresenta o concerto "Amores Ilícitos, Batalhas e Belezas" no dia 6 de setembro, quinta-feira, às 20 horas, no Teatro do Sesc Prainha, em Florianópolis. A apresentação é toda composta por 'chansons francesas' do séc. XVI. As ‘chansons’ (canções) francesas do Renascimento são caracterizadas pela escrita rebuscada e pelas temáticas de caráter popular. No alto renascimento francês, a canção alcançou um nível extraordinário de requinte poético, graças a compositores como Claudin de Sermisy, Clement Jannequin e Josquin des Prez. As letras das canções retratam desde poemas em torno do tema do amor impossível até a linguagem de duplo sentido, ao tratar das situações jocosas para com o sexo, como é o caso da chanson Mon Amy de Ninot Le Petit (? - c.1502). Por outro lado, Tourdion de Pierre Attaingnant (c. 1494 –1552), por exemplo, é uma famosa canção de taberna, que festeja o ato de comer e beber, antes dos soldados irem para a guerra. O concerto do Cantus Firmus propõe ainda uma breve aula de história da música, tanto para leigos, quanto para aq ueles que já possuem algum conhecimento na área. Esse aspecto didático é apresentado ao público associando a prática da música aos comentários e explicações sobre as composições daquela época. A linguagem utilizada nos comentários das peças musicais sempre procura o tom exato entre a informação bem colocada, a clareza e simplicidade nos dados fornecidos ao público, para que o espectador possa desfrutar da performance do grupo com o máximo de sua atenção, sem ser prejudicado por nenhuma complexidade que venha afastá-lo da fruição puramente musical. O concerto terá o acompanhamento de uma cópia de um instrumento musical da época, próprio para acompanhamento dos cantores: um alaúde pré-barroco. Este instrumento data da época das composições dos madrigais, o chamado período 'maneirista', por volta de 1650 e serve para acompanhar tanto a música renascentista quanto a música do início do período barroco. O Cantus Firmus O Cantus Firmus é um grupo especializado na música vocal da Idade Média, do Renascimento e do início do período Barroco, abrangendo um repertório que vai de 1150 até 1650. O grupo trabalha com cópias de instrumentos utilizados na época (um alaúde Pré-Barroco, de 1644, e flautas Ganassi, de 1550). O estudo da sonoridade, das articulações e da retórica do discurso musical de cada composição procura valorizar aspectos genuínos da escrita antiga. As tessituras são modificadas para favorecer a precisão da afinação proposta pelo período e as vozes procuram um ajuste mais fino com a estética da época. O repertório do grupo abrange diversas formas e períodos: um conjunto de obras vocais que vai do séc. XII ao séc. XVII (Idade Média, Renascimento e início do período Barroco). Das canções francesas do séc. XVI, passando pelos motetos sacros do séc. XIII, aos villancicos espanhóis do séc. XV, e obras completas como a Missa Brevis de G. P. Palestrina (séc. XVI), o grupo procura estudar cada obra em particular, seu modo de execução na época e tratamento musical. Os concertos propõem uma íntima ligação entre o passado e o presente, o resgate de sonoridades longínquas unidas às características estéticas e de imaginário do homem contemporâneo. É através de concertos didáticos que o grupo Cantus Firmus se posiciona como conjunto interessado em pesquisar a fundo o repertório da chamada ‘música antiga’, e permitir ao público uma apreciação das peças vocais e instrumentais escritas naqueles períodos com o máximo de autenticidade. CANTUS FIRMUS Eduardo Serafin - tenor Francis Persich Covatti – tenor Marcelo Aguiar - baixo Jefferson Bittencourt - contratenor/alaúde Fernando De Carli - barítono Assessoria de Palco: Giselle Isabel Kincheski Produção: Marcilênio Arruda Preparação vocal: Fernando De Carli Direção: Jefferson Bittencourt |
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